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quinta-feira, 24 de março de 2011

Ficha-Limpa entra na UTI depois do voto do Ministro FUX.

Tivemos uma grande representante no Senado da República, Marinor Brito em 2 meses fez muito mais do que os três senadores do Pará juntos nos 8 anos passados...

Infelizmente o STF vendeu a alma, a coerência e a responsabilidade com os cidadãos brasileiros...

Com a decisão, Marinor Brito deve ceder a vaga à Jader Barbalho - um dos maiores símbolos da corrupção no estado do Pará e no Brasil. Isso é um retrocesso e nos envergonha muito.

Segundo comentários dos partidários de Barbalho "a justiça foi feita e o STF respeitou a vontade do povo do Pará". Há, porém, algumas perguntas que devemos fazer: Se Jáder não tivesse todo o aparato da mídia de TV, Rádio e Jornal que possui, fazendo sua auto-propaganda, ele ainda teria votos suficientes para se eleger? O que deve ser respeitado não são 1.800.000 votos (muitas vezes comprados ou de cúmplices dos esquemas de corrupção) e sim a totalidade da população do PARÁ que é saqueada diariamente por essas raposas, tendo suas crianças e idosos, homens e mulheres sendo violentados diariamente com o caos da saúde, educação, transporte, etc.

Nós estamos indgnados com essa decisão do STF, me sinto indgnado por ter minha representante injustiçada! Me sinto agredido por ter que engolir Jader Barbalho como meu representante - ele não tem moral pra me representar, nunca roubei um real se quer, eu trabalho e estudo com muita luta para viver com coerência . Minha vida e formação foram marcadas pela ética de meus pais que formaram a minha ética. Sou honesto e tenho um senador como Jáder Barbalho - isso é deplorável!

Marinor, estamos juntos !!!


Pedro Ivo Carvalho de Castro
acadêmico de História.

domingo, 20 de março de 2011

Atravessando oceano?

Acabei de verificar aqui algumas visitas de outros países ao blog. Fico muito feliz por isso!

Entrevista de Magda Ricci sobre a Cabanagem.

Entrevista publicada originalmente no dia: 7 de janeiro de 2010.

Do Blog da Profª. Drª. Edílza Joana Fontes
(Faculdade de História da UFPA).

Magda Ricci - "Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas (1989), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1993) e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1998). Atualmente é professora da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará e do Programa de Pós-graduação em História Social da Amazônia."

Professora Edilza: Magda Ricci, o que foi afinal a Cabanagem? Quem participou dela? Eles lutaram por quais objetivos?

Magda Ricci: Começo pelo "afinal”. Ele demonstra a existência de uma Cabanagem múltipla e cheia de releituras que fundem o que se passou na antiga província do Grão-Pará entre 1835 e 1840 com as memórias e histórias sobre o que ocorreu no Estado paraense e republicano e sua longa história de 1889 até hoje. Em linhas gerais, posso afirmar que o movimento cabano eclodiu em Belém em janeiro de 1835. Ainda é fato que suas lideranças máximas foram Felix Malcher, Antonio Vinagre e Eduardo Angelim (foto).

Sobre quem participou do movimento não há unanimidade entre os estudiosos. É certo que houve uma participação muito ampla que incluía desde a elite local anti-portuguesa até povos indígenas bastante interiorizados e comunidades quilombolas de africanos e ou de soldados desertores fugidos. O consenso historiográfico termina quando analisamos o grau de participação e a consciência de classe entre estes participantes. Eu pessoalmente acredito em uma participação mediada por conflitos de classes e interesses políticos e econômicos que foram mudando ao longo do movimento. Gosto particularmente da idéia revolucionária enunciada por Domingos Antonio Raiol em sua clássica obra Motins Políticos. Nela o autor afirma que o movimento de 1835 equiparou-se ao ato de atear fogo em relva ressequida: a elite local brigou e colocou a província numa guerra civil, contudo, como enfatiza Raiol, esta elite não conseguiu mais controlar a revolução que iniciou e esta se espalhou por outras classes e pelos mais remotos cantos do antigo Grão-Pará e suas fronteiras com as Guianas, Venezuela e Colômbia. Houve assim um processo de aprendizagem política e revolucionária, com experiências de associação de classe ao longo da guerra cabana, que fez renascer identidades e unir povos e gentes de diversos locais, origens, culturas ou etnias.

Quanto aos objetivos dos cabanos também não há unanimidade entre os estudos sobre a cabanagem. Há pesquisadores que acreditam em uma falta de objetivos ou em objetivos pouco claros. Pessoalmente acredito que os cabanos, em seu processo de amadurecimento revolucionário, deixaram claro alguns objetivos chaves: a luta por várias garantias constitucionais (liberdade de ir e vir, direito de livre expressão de pensamento, por exemplo), além da luta em prol de garantias sociais e políticas como o fim do recrutamento obrigatório, a extinção das diferenças de tratamento e de soldos entre portugueses e brasileiros e, especialmente, a luta pelo direito à terra e à união e manutenção da família.

Professora Edilza: Como se deu a tomada de Belém pelos Cabanos?

Magda Ricci: Os cabanos tomaram Belém por duas vezes. A primeira em janeiro de 1835 e a segunda em agosto do mesmo ano. Mesmo com um mês fora do poder, eles permaneceram no governo entre janeiro de 1835 e maio de 1836. Contudo o que vale a pena lembrar é que o movimento tornou-se mais popular e ganhou amplas dimensões depois de maio de 1836. A maioria dos pesquisadores da Cabanagem acredita que tudo o que ocorreu depois da retomada de Belém em maio de 1836 faz parte de um contexto marcado pela derrocada da luta cabana. No entanto, até meados de 1837 a luta estava equilibrada e mesmo entre 1838 e 1839 havia localidades fronteiriças da Amazônia ainda em pé de guerra. É preciso deixar claro que a Cabanagem não se resume aos combates pelas tomadas de grandes cidades como Belém ou Vigia. A maioria dos combates ocorreu em comunidades interioranas e envolveu povos indígenas, africanos e caboclos. O mais grave é que muitos destes agentes - tão importantes para a compreensão dos significados da luta cabana - nem foram computados nas estatísticas de mortes ou prisões cabanas. Como saber quantos indígenas morreram ou lutaram no movimento, ou quantos quilombolas neles se envolveram se estes povos não constavam nos números oficiais da província? Eis o problema.

Professora Edilza: A tomada da igreja das Mercês foi estratégica para os cabanos?

Magda Ricci: Quanto a igreja das Mercês, o local foi importante porque ao lado existia o Trem de Guerra, que era o local onde se guardavam os armamentos e munições. Durante a segunda tomada de Belém em agosto de 1835 os cabanos tinham o Trem como um alvo estratégico. Numericamente os revolucionários eram maioria, mas suas armas e munições eram escassas. O Trem de Guerra era o local onde a tomada da cidade se decidiria. A luta em frente à Igreja dos Mercedários foi sangrenta, pois além de demorar horas para os cabanos derrubarem o portão do Trem, lá dentro foi armada uma emboscada: os soldados anti-cabanos estavam postos no andar superior com todas as armas e munições e, quando finalmente os cabanos invadiram a parte inferior do prédio derrubando o forte portão de entrada, lá do alto os anti-cabanos atiram e mataram tantos cabanos quantos puderam até que os corpos dos mortos fizeram volume suficiente para os cabanos ainda vivos escalassem a altura do segundo piso. Conclusão: foi uma cena dantesca. Além disso, foi neste processo que os anti-cabanos mataram o maior líder cabano. No contexto da tomada do Trem caiu morto Vinagre e assumiu o poder Eduardo Angelim. Certamente foi um momento marcante para os cabanos.

Professora Edilza: Como se organizaram os governos Cabanos em Belém? Qual o motivo de sua derrota?

Magda Ricci: Sobre os governos cabanos mais uma vez gostaria de citar uma metáfora retirada de Raiol. Este estudioso afirmava que as lideranças cabanas se assemelhavam a Saturno, o deus mitológico que devorava os próprios filhos e que o maior problema no Grão-Pará era uma grave crise de autoridade. Minhas pesquisas me mostram que os cabanos tiveram maiores problemas para se manter no poder do que propriamente para tomar a cidade de Belém. Mal sobe ao poder e o primeiro líder cabano Félix Malcher tenta controlar seus ajudantes e soldados sem muitos resultados. Não foi necessário mais do que dois meses para que Malcher já estivesse muito mal visto por pessoas chaves como Vinagre seu comandante de Armas. Foi na disputa com Vinagre que Malcher acaba morrendo. Nas ruas da capital as tropas cabanas se dividiram e esta divisão ocorreu muitas outras vezes pelo interior da província. As disputas pelo poder e a crise de autoridade política levavam a crises internas entre os cabanos e suas lideranças. Por outro lado o segundo comandante anti-cabano Francisco José de Souza Soares Andrea foi muito perspicaz no uso político das desavenças internas dos cabanos. Prometendo “anistia informal” ou seja, não abrir processos contra líderes cabanos que mudassem de lado e se aliassem aos anti-cabanos, Andréa levou muitos comandantes a traírem seus antigos aliados. É necessário lembrar que, como um todo a guerra cabana não foi nada convencional: morreu muito mais gente por fome, doenças, envenenamento e por armas brancas do que em batalhas formais e por tiros. As batalhas terrenas ou navais foram menos freqüentes do que a guerrilhas nos rios e igarapés amazônicos, com suas emboscadas, envenenamento de rios e ataques surpresas. Esta guerra camuflada foi favorável aos cabanos até certo momento. Quando Andréa começou a cooptar antigos aliados cabanos, estes passaram a ser os alvos das emboscadas e ataques de guerrilha. O pano de fundo de todo este processo de traição foi marcado por uma guerra que se estendia além do desejável por todos e a certeza de que os cabanos estavam se isolando no interior da província paraense. Neste processo que começou a ganhar corpo em 1836 e se solidifica em meados de 1837 os cabanos acabaram sendo derrotados.

Professora Edilza: A Cabanagem pelo seu entendimento, já foi tratada pelos governos estaduais adequadamente? Já conseguimos registrar, debater e divulgar a sua memória?

Magda Ricci: A Cabanagem já foi motivo de muita disputa política. Sua memória já levou governadores como Jader Barbalho ou prefeitos como Edmilson Rodrigues a disputas políticas sobre quem seria o descendente direto da luta e do governo cabano. O movimento cabano também inspirou belíssimos monumentos como o Memorial da Cabanagem, ou ainda a Aldeia Cabana, foi motivo para uma reforma educacional de base em Belém e para tantos outros projetos políticos. Tudo isto faz parte do legado cabano, de sua legenda e não propriamente de sua história. No entanto o maior legado cabano não está nos governos e em seus atos (embora estes devam ter respeito, ou ao menos consideração, por esta memória). A herança cabana mais evidente e rica para mim está na lucidez com que o povo paraense percebe continuidades seculares entre seu mundo e o dos cabanos de 1835. Ainda hoje vários pontos de pauta dos cabanos estão por ser discutidos seriamente. Cito ao menos dois: a questão do acesso mais amplo e democrático à terra e a do respeito a diversidade étnica e cultural. Hoje já avançamos muito no regime democrático e esta luta felizmente estamos consolidando, mas ainda há muito a fazer em prol de um Pará e uma Amazônia mais humanizada e justa.

"Obrigada pela sua entrevista minha amiga."(Profª. Drª. Edilza Fontes)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Hora da verdade - Edmilson insiste na CPI da Corrupção da Alepa

O deputado estadual Edmilson Rodrigues reunirá nesta terça-feira, 15, com o promotor de justiça Arnaldo da Costa Azevedo. O encontro será às 13h30, na sede do Ministério Público Estadual (MPE) e tratará das denúncias de corrupção que tem sido feitas pela imprensa em relação à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). O promotor foi designado pelo MPE para acompanhar todas as investigações relativas ao caso, a partir de um pedido feito pelo líder do PSol ao MPE, há cerca de duas semanas.

Edmilson Rodrigues reafirmará ao promotor que a sindicância instaurada pela Alepa para apurar o caso é "inócua", já que não terá poder nem de obrigar Mônica Pinto, ex-servidora apontada como a principal envolvida no esquema de fraude, a depor, já que a mesma não é mais servidora. O deputado é autor de um requerimento que pede a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias. Mas, para que seja viabilizada é necessário que sejam colhidas 14 assinaturas dos 41 deputados estaduais da Casa. Até o momento apenas Edmilson Rodrigues está assinando o documento.

Para o deputado, mais do que investigar a fundo o esquema e punir os envolvidos, é importante dar uma resposta à sociedade e recuperar a imagem do Poder Legislativo, nem sempre bem visto pela opinião pública. "É uma questão de preservar a imagem do Poder Legislativo, que não pode ser enlameada por um grupo de pessoas que se apropria e faz farra com o dinheiro público, pois essa Casa é feita também por trabalhadores e trabalhadoras, pessoas de bem, que se dedicam a essa instituição", concluiu Edmilson.

As denúncias feitas pela imprensa apontam esquemas de nomeação em atos secretos de funcionários fantasmas, nepotismo direto e cruzado entre órgãos públicos, enxerto de gratificações e pagamentos ilegais a servidores, que chegaram a ter vencimentos superiores aos dos deputados estaduais, sem respeitar o redutor constitucional, entre outras fraudes que demonstram uma verdadeira farra com o dinheiro público.


Para ler a matéria de O Liberal, clique sobre a imagem para ampliá-la.

Direito ao trabalho - PSOL apoia luta dos ambulantes





O deputado Edmilson manifestou apoio aos trabalhadores do mercado informal que fizeram um protesto, nesta segunda-feira, 14, em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). "Sou solidário à luta de todos os trabalhadores do mercado informal porque sei que se trata de pessoas honestas, que sustentam suas famílias com o suor de seu trabalho. Por isso, acho que o poder público tem que tratá-los com o carinho e atenção que merecem, garantindo a todos condições dignas de trabalho", disse Edmilson, sob aplausos, em discurso feito no protesto realizado no final da manhã.
A manifestação dos ambulantes, segundo o secretário geral do Sindicato do Mercado Informal de Belém, Raimundo Ramalho, é porque a Prefeitura de Belém notificou os trabalhadores, proibindo que eles armem suas barracas na Praça da República a partir do próximo domingo, 20.
A PMB também notificou os trabalhadores sobre a proibição de montarem suas barracas nas avenidas João Alfredo e Santo Antônio a partir de 30 de abril. "Não podemos ficar sem nosso trabalho. Estamos lá há vários anos e não nos foi dada nenhuma alternativa", reclamou Ramalho.
Preocupado com a situação dos trabalhadores, Edmilson disponibilizou a equipe jurídica de seu gabinete para pleitear junto a Justiça um mandado de segurança que garanta o trabalho dos ambulantes na Praça da República, ainda neste domingo. "Essa é uma situação que requer uma atenção imediata para que vocês não sejam prejudicados e vamos apoiar a luta de vocês no que for preciso", concluiu Edmilson.

Banco do Povo - Sessão especial discute o fortalecimento do Banpará



A importância do Banpará como um banco focado na economia solidária e na inclusão social foi destacada pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues durante sessão especial, realizada nesta segunda-feira, 14. A sessão especial foi realizada, no auditório João Batista, a pedido do líder do PSol, que pretende conseguir o apoio de todos os deputados para o fortalecimento do banco. “O Banpará é o banco do povo do Pará e precisa ser fortalecido para atuar na fomentação de pequenos negócios e gerar renda para a população”, disse o deputado.
Em seu discurso e requerimento, Edmilson destacou que a experiência do Banco do Povo, criado em sua gestão à frente da Prefeitura de Belém, entre os anos 1997 e 2004, gerou cerca de 100 mil pequenos empreendimentos. “Tenho certeza que se o governador Simão Jatene trabalhar no sentido de colocar o banco com foco na economia solidária, fomentando pequenos negócios, em um curto espaço de tempo teremos 200 mil desempregados a menos”, destacou.
O deputado fez questão de destacar que o Banpará vem sofrendo, ao longo do tempo, ameaças de privatização e de incorporação pelo Banco do Brasil, o que não seria bom para o Estado, já que o banco é patrimônio do povo do Pará. Edmilson defende o fortalecimento do banco, a valorização dos seus servidores e que ele seja expandido para todos os municípios paraenses, além de ter investimentos na sua informatização e capacidade de crescimento. “Esperamos que o Banpará se consolide como um vetor de desenvolvimento que tenha como princípios basilares a inclusão social e a preservação ambiental, subordinando o lucro ao interesse social”, concluiu Edmilson.
Participaram também da sessão especial, os deputados, Celso Sabino (PR), Márcio Miranda (DEM), Edilson Moura (PT), Chico da Pesca (PT), Eliel Faustino (PR) e Bernadete Ten Caten (PT).