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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Afrânio Boppré é o novo presidente do PSOL

No último final de semana, 4 e 5 de dezembro, a reunião da Executiva Nacional do PSOL elegeu o novo presidente do partido. O nome escolhido por unanimidade foi Afrânio Boppré, economista e professor, que antes ocupava o cargo de secretário-geral. O PSOL estava sem presidente nacional desde 20 de outubro, quando Heloisa Helena renunciou ao cargo. “Lamentei muito a decisão dela, visto que é um quadro político importante da esquerda brasileira e teria muito ainda a colaborar”, disse ele.

Além da escolha do novo presidente, a reunião da executiva avaliou e debateu o cenário político brasileiro, que será enfrentado a partir de 2011 com Dilma na presidência. “O que vemos é um reforço da hegemonia burguesa no Brasil, que não questiona a ordem social capitalista. O novo governo estabeleceu um leque de alianças altamente conservadoras e os movimentos sociais precisarão se organiza mais, se mobilizar e ir para as ruas para garantir os direitos do povo”, alertou Afrânio.

Afrânio Boppré
Afrânio Boppré nasceu em 1960, em Florianópolis. Aos 19 anos, envolveu-se com o clima político da chamada Novembrada, protesto de populares e estudantes na Capital que exigia o fim da ditadura militar, e que obteve repercussão nacional. A partir daí, manteve intensa relação com a política.


Formou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Durante o tempo em que esteve na universidade, foi presidente do Centro Acadêmico Livre do curso e participou da reconstrução da União Nacional dos Estudantes (Une). É também mestre em Geografia com concentração na área de desenvolvimento urbano.

A formação em Economia conduziu Afrânio ao trabalho no Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e ao estudo das questões que influenciam a realidade brasileira. É também professor.

No início dos anos 80, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores em Santa Catarina. Em 1990, disputou pela primeira vez um cargo político, concorrendo a deputado federal. Dois anos depois foi eleito vice-prefeito de Florianópolis pela coligação Frente Popular.

Nas eleições de 1996, candidatou-se a prefeito da Capital e chegou ao segundo turno. A experiência eleitoral motivou Afrânio a escrever o livro "Esperança Interrompida", no qual retrata os bastidores daquela eleição. Em 2004, Afrânio voltou a ser candidato a prefeito.

Exerceu dois mandatos como deputado estadual, de 2000 a 2006. Liderou a bancada petista em 2002 e 2003 na Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Em setembro de 2005, desligou-se do PT para filiar-se ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade).

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