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sexta-feira, 25 de junho de 2010

CONVENÇÃO ESTADUAL DO PSOL - PARÁ (2010)

A Executiva Estadual do PSOL- Pará convocou para o próximo dia 26 de junho, sábado, a convenção que, entre outras deliberações, homologará as candidaturas do partido às eleições de 2010 em nosso estado, a começar pela candidatura do historiador Fernando Carneiro ao governo estadual. Convocada conforme resolução da direção nacional, será realizada quatro dias antes da convenção nacional, que confirmará a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio à presidência da República, aprovada pela III Conferência Nacional Eleitoral. A convenção estadual aprovará ainda as diretrizes gerais do programa de governo a ser defendido nas eleições, além de ratificar carta-compromisso que exige de todo e qualquer candidato do PSOL conduta ética irrepreensível e fidelidade aos princípios e compromissos programáticos do partido e inabalável interesse em editar uma frente de esquerda com o PSTU e o PCB. Participarão do evento, os membros do diretório estadual e militantes de todos os municípios onde o PSOL está implantado.

LOCAL: CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM.
HORA: 09 HORAS.

Fernando Carneiro é o candidato do PSOL ao governo do Pará


Conferência Estadual Eleitoral do PSOL, realizada no início de abril passado, por unanimidade dos delegados e delegadas presentes elegeu Fernando Carneiro como candidato do partido ao governo do estado. A convenção homologará sua candidatura, além de confirmar a unidade existente na base partidária em torno de seu nome, sinalizada desde o início do processo conferencial. Fernando Carneiro é um dos mais admiráveis militantes do PSOL e da esquerda no Pará, graças a sua sólida formação ética e intelectual como socialista; base de sua inabalável fidelidade aos interesses históricos das maiorias sociais exploradas e empobrecidas pelo capitalismo e de sua predisposição para renovar-se no debate com todos os que estão sinceramente interessadas na transformação da realidade.

Fernando Carneiro é um dos mais admiráveis militantes do PSOL e da esquerda no Pará.


Fernando Carneiro iniciou sua militância na adolescência, no início dos anos de 1980, destacando-se como uma das principais lideranças do movimento estudantil, dedicando-se em especial à reorganização do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, da UPFA; logo foi alvo da ditadura militar então vigente, tendo sido enquadrado na famigerada Lei de Segurança Nacional. Em São Paulo, onde se formou em Licenciatura Plena em História pela USP, militou no movimento estudantil e no Sindicato dos Trabalhadores da USP- SINTUSP, e trabalhou na Companhia de Engenharia do Tráfego ( CET). De volta a Belém, tornou-se presidente da Companhia de Transporte de Belém (CTBel) na segunda gestão do prefeito Edmilson Rodrigues. Foi representante do Fórum Nacional de Secretários de Transporte no Conselho Nacional das Cidades. Depois de muitos anos no PT, desligou-se daquele partido para participar da construção do PSOL no Pará, onde exerce o cargo de Secretário de Movimentos Sociais. Por estas e muitas outras razões, Fernando Carneiro foi considerado o melhor nome para representar o PSOL como candidato ao governo do estado nas eleições de 2010.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Marinor Brito disputará vaga no Senado

Outra candidatura certa, também aclamada na conferência estadual eleitoral, é a de Marinor Brito a uma das duas vagas em disputa no Senado Federal. Ex-vereadora por três legislaturas consecutivas e ex- candidata à prefeita de Belém, Marinor é uma das mais expressivas figuras públicas do PSOL no Pará. Formada em educação física pela Escola Superior de Ed. Fisica do Pará e professora da rede pública de ensino, tornar-se- ia dirigente do SINTEPP e uma das mais destacadas lideranças das lutas dos trabalhadores em educação e de vários segmentos organizados em torno da Intersindical dos Servidores Públicos, entre o final da década de 1980 e o final da década de 1990. É militante do movimento pela democratização dos meios de comunicação e ex dirigente nacional da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO). Seus mandatos parlamentares foram fortemente marcados pela defesa de melhorias urbanas para áreas periféricas de Belém, de incentivos à produção artística e cultural em suas várias modalidades, e dos direitos humanos, em especial os das crianças e adolescentes. Foi presidenta da CPI da Prostituição Infantil da CMB e colaboradora das recentes CPI(s) da pedofilia, da ALEPA e do Senado. A convenção estadual do PSOL confirmará sua candidatura ao Senado, apoiando-se na avaliação de que está apta para representar o partido no embate contra as candidaturas neoliberais, tanto as do campo PSDB-democrata quanto as do campo PT-PMDB.

AMAZÔNIA NO PROGRAMA DE PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO.

Plínio Sampaio valoriza Amazônia no programa do PSOL.

O candidato do PSOL à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, em sua mais recente estada em Belém participou de debate com várias dezenas de dirigentes e militantes do partido sobre o desafio de enfrentar a polarização conservadora entre as candidaturas de Dilma Rousseff (PT-PMDB) e José Serra (PSDB-DEM), em situação de evidente bloqueio da grande mídia a uma alternativa de esquerda. Além de dissertar sobre a necessidade de campanha baseada no uso de mídias eletrônicas, defendeu diversas idéias e diretrizes para o programa de governo que o PSOL precisará defender no processo eleitoral e para além desse período específico, rumo ao socialismo. Para Plínio, a Amazônia e o Pará em especial têm papel especial a cumprir na construção do socialismo através de um projeto regional que a um só tempo reforce o projeto nacional do PSOL e da esquerda brasileira e afirme sua própria identidade, as características sócio-ambientais e os interesses peculiares do povo desta região. A imposição da Usina de Belo Monte é mais uma prova de que o governo Lula dá continuidade e aprofunda o projetopatrimônio natural da região Xingu. O PSOL combate o desmatamento e o modelo econômico que o patrocina, por meio da grilagem de terras publicas para fins de expansão da pecuária e das monoculturas agrícolas, porque a floresta em pé pode ser uma extraordinária fonte de geração de riqueza. É preciso também combater o saque desenfreado das riquezas minerais, através da horizontalização da produção mineral sob controle do Estado, inclusive com a reestatização da Vale do Rio Doce. Com o objetivo de delinear um programa alternativo para a região e o país, será realizado seminário que contará com a presença de Plínio, intelectuais dedicados ao estudo dos problemas regionais e representantes de movimentos sociais da Amazônia.


Boletim PSOL Pará 50

PAC DO PARÁ: um assalto ao futuro.

por Adolfo Oliveira Neto

No ultimo dia 07 de junho a governadora do estado do Pará, Ana Júlia Carepa, em meio a uma grande festa anunciava o Programa de Aceleração do Crescimento do Pará, conhecido como PAC do Pará, que se caracteriza como um programa de investimentos públicos e privados e que busca marcar a imagem do seu governo como uma administração que tem a capacidade de induzir o crescimento econômico do estado. No entanto, pelo volume de investimentos previstos e pelo caráter do programa, que se assemelha muito as características do PAC do governo federal, a governadora pode ter lançado um programa que se tornará ou um grande elefante branco de cunho eleitoreiro, caso as pretensões do programa não durem mais do que o tempo de televisão destinado a candidata durante a campanha eleitoral que se aproxima, ou um grande Cavalo de Tróia, caso o nefasto programa se concretize. Em meio aos festins, dois elementos devem ser postos em debate de maneira séria à toda sociedade. O primeiro é o caráter do programa, o que desmonta a imagem auto-projetada pelo governo mostrando as suas fragilidades e o grande desencontro das ações governamentais. O segundo é o caráter dos investimentos, o que nos leva a refletir seriamente sobre as possibilidades de futuro que o governo estadual está atuando como um ator importante para consolidar.

Leia a Análise completa de Adolfo Oliveira Neto no Ponto de Pauta.

José de Sousa Saramago - vida e obra.

José de Sousa Saramago (Azinhaga, Golegã, 16 de Novembro de 1922 — Lanzarote, 18 de Junho de 2010) foi um escritor, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.

Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.

O seu livro Ensaio Sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Jardineiro Fiel e Cidade de Deus). Em 2010 o realizador português António Ferreira adapta um conto retirado do livro Objecto Quase, conto esse que viria dar nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em co-produção com o Brasil e Espanha.

Nasceu na província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, foi membro do Partido Comunista Português e foi director do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu na ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias.

Biografia

Saramago nasceu em Azinhaga, no Ribatejo, de uma família de pais e avós pobres. A vida simples, passada em grande parte em Lisboa, para onde a família se muda em 1924 – era um menino de apenas dois anos de idade – impede-o de entrar na universidade, apesar do gosto que demonstra desde cedo pelos estudos. Para garantir o seu sustento, formou-se numa escola técnica. O seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico. Entretanto, fascinado pelos livros, à noite visitava com grande frequência a Biblioteca Municipal Central - Palácio

Autodidacta, aos 25 anos publica o primeiro romance Terra do Pecado (1947), mesmo ano de nascimento da sua filha, Violante, fruto do primeiro casamento com Ilda Reis – com quem se casou em 1944 e permaneceu até 1970 - nessa época, Saramago era funcionário público; em 1988, casar-se-ia com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del Río Sánchez, que conheceu em 1986, ao lado da qual continuou a viver até sua morte. Em 1955, começou a fazer traduções para aumentar os rendimentos – Hegel, Tolstói e Baudelaire, entre outros autores aos quais se dedicou.

Depois de Terra do Pecado, Saramago apresentou ao seu editor o livro Clarabóia, que depois de rejeitado, permanece inédito até a data de hoje, sendo que depois disso, o mesmo persiste nos esforços literários e dezenove anos depois – então funcionário da Editorial Estudos Cor - troca a prosa pela poesia lançando Os Poemas Possíveis. Num espaço de cinco anos, depois, publica sem alarde mais dois livros de poesia, Provavelmente Alegria (1970) e O Ano de 1993 (1975). É quando troca também de emprego, abandonando a Estudos Cor para trabalhar no Diário de Notícias, depois no Diário de Lisboa. Em 1975, retorna ao Diário de Notícias como director-adjunto, onde permanece por dez meses, até 25 de Novembro do mesmo ano, quando os militares portugueses intervêm na publicação (reagindo ao que consideravam os excessos da Revolução dos Cravos) demitindo vários funcionários. Demitido, Saramago resolve dedicar-se apenas à literatura, substituindo de vez o jornalista pelo ficcionista: "(…) Estava à espera de que as pedras do puzzle do destino – supondo-se que haja destino, não creio que haja – se organizassem. É preciso que cada um de nós ponha a sua própria pedra, e a que eu pus foi esta: "Não vou procurar trabalho", disse Saramago em entrevista à revista Playboy, em 1988.

Da experiência vivida nos jornais, restaram quatro crónicas: Deste Mundo e do Outro, 1971, A Bagagem do Viajante, 1973, As Opiniões que o DL Teve, 1974 e Os Apontamentos, 1976. Mas não são as crónicas, nem os contos, nem o teatro os responsáveis por fazer de Saramago um dos autores portugueses de maior destaque - missão reservada a seus romances, género a que retorna em 1977.

Três décadas depois de publicado Terra do Pecado, Saramago retornou ao mundo da prosa ficcional com Manual de Pintura e Caligrafia. Mas, ainda não foi aí que o autor definiu o seu estilo. As marcas características do estilo saramaguiano só apareceriam com Levantado do Chão (1980), livro no qual o autor retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo.

Dois anos depois de Levantado do Chão (1982) surge o trabalho Memorial do Convento, livro que conquista definitivamente a atenção de leitores e críticos. Nele, Saramago misturou factos reais com personagens inventados: o rei D. João V e Bartolomeu de Gusmão, com a misteriosa Blimunda e o operário Baltazar, por exemplo.

De 1980 a 1991, o autor trouxe a lume mais quatro romances que remetem a fatos da realidade material, problematizando a interpretação da "história" oficial: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) - sobre as andanças do heterónimo de Fernando Pessoa por Lisboa; A Jangada de Pedra (1986) - quando a Península Ibérica solta-se do resto da Europa e navega pelo Atlântico; História do Cerco de Lisboa (1989) - onde um revisor é tentado a introduzir um "não" no texto histórico que corrige, mudando-lhe o sentido; e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) - onde Saramago reescreve o livro sagrado sob a óptica de um Cristo humanizado (sendo esta a sua obra mais controvertida).

Nos anos seguintes, entre 1995 e 2005, Saramago publicou mais seis romances, dando início a uma nova fase em que os enredos não se desenrolam mais em locais ou épocas determinados e personagens dos anais da história se ausentam: Ensaio Sobre a Cegueira (1995); Todos os Nomes (1997); A Caverna (2001); O Homem Duplicado (2002); Ensaio Sobre a Lucidez (2004); e As Intermitências da Morte (2005). Nessa fase, Saramago penetrou de maneira mais investigadora os caminhos da sociedade contemporânea.

O mesmo faleceu no dia 18 de Junho de 2010, aos 87 anos de idade, na sua casa em Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio, vítima de leucemia crónica. O escritor estava doente há algum tempo e o seu estado de saúde agravou-se na sua última semana de vida.

Obra

Saramago foi conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. orações) ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso o seu estilo não torna a leitura mais difícil, se os seus leitores se habituarem facilmente ao seu ritmo próprio.

Estas características tornam o estilo de Saramago único na literatura contemporânea, sendo considerado por muitos críticos um mestre no tratamento da língua portuguesa. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, no seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds ("Génio: Um Mosaico de Cem Exemplares Mentes Criativas"), considerou José Saramago "o mais talentoso romancista vivo nos dias de hoje" (tradução livre de the most gifted novelist alive in the world today), referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que Saramago é "um dos últimos titãs de um género literário que se está a desvanecer".

sábado, 19 de junho de 2010

Esquerda


Por José Saramago

Temos razão, a razão que assiste a quem propõe que se construa um mundo melhor antes que seja demasiado tarde, porém, ou não sabemos transmitir às pessoas o que é substantivo nas nossas ideias, ou chocamos com um muro de desconfianças, de preconceitos ideológicos ou de classe que, se não conseguem paralisar-nos completamente, acabam, no pior dos casos, por suscitar em muitos de nós dúvidas, perplexidades, essas sim paralisadoras. Se o mundo alguma vez conseguir ser melhor, só o terá sido por nós e connosco. Sejamos mais conscientes e orgulhemo-nos do nosso papel na História. Há casos em que a humildade não é boa conselheira. Que se pronuncie bem alto a palavra Esquerda. Para que se ouça e para que conste.

Escrevi estas reflexões para um folheto eleitoral de Esquerda Unida de Euzkadi, mas escrevi-as pensando também na esquerda do meu país, na esquerda em geral. Que, apesar do que está passando no mundo, continua sem levantar a cabeça. Como se não tivesse razão.

Esta entrada foi publicada em Fevereiro 24, 2009 às 11:06 pm e está arquivada em
O Caderno de Saramago.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

CONTRAPONTO e a LUTA por uma Universidade para TOD@S!


SEGURANÇA É UM DIREITO!
Esse ato culminou em uma audiência com o reitor Prof. Carlos Maneschy onde tivemos grandes avanços para a consolidação de uma política efetiva de segurança na UFPA. Ainda há muito a ser feito, mas por hora a iluminação melhorou...
o resto, bem o resto fica na esperança do futuro melhor!




Companheira MARA na luta!!!



Ousar, Lutar!
Ousar Vencer!

Na Franssinete...

É, esta a nossa Justiça...
Como já era de se esperar, no mesmo dia em que foi pedido, foi concedido liminarmente Habeas Corpus ao ex-deputado e médico Luiz Afonso Sefer que, assim, continua livre, leve e solto, mesmo condenado a 21 anos de reclusão por estuprar durante quatro anos uma criança de nove anos. E ainda por cima fazendo campanha para se eleger deputado estadual pelo PP. A vítima? Está vivendo escondida, amedrontada, marcada para sempre no físico, coração e mente, longe do convívio da família e sem amigos.

Do Blog do BACANA.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

DEM aprova coligação com o PT-PA

A pedido da direção estadual-DEM/PA a executiva do DEM/nacional abriu uma exceção para que no Pará o DEM possa a vir se coligar com o PT. Segundo o presidente do PT/Pará agora o PT deve pedir autorização à executiva do PT/Nacional para que seja autorizado, excepcionalmente, a coligação demo-petista no Pará.

A coligação para o governo só sai se for garantido os espaços, na coligação petista, para a reeleição de Vic à câmarados deputados. Valéria faria a dobradinha com Rocha ao senado.

Agora só falta combinar com os petistas candidatos à câmara baixa brasileira: Zé Geraldo, Beto, Puty e Carlos Martins. Um destes perderá a vaga para Vic.

Imaginem se o PP de Gerson Peres quiser coligação para deputado federal com o PT, como précondição para apoiar a reeleição de Ana...será mais um petista que poderá perderá a vaga de deputado federal.

Caso esta coligação saia será um grande feito...de pragmatismo, duvido, mas posso queimar a língua.

DO BLOG DO PROF. EDIR VEIGA (Cientista Político).


Últimas Notícias:


Executiva do DEM autoriza coligação com o PT do Pará.
A Comissão Executiva do Democratas acaba de aprovar, em Brasília, resolução de número 092/2010, tornando sem efeito - apenas para o Pará - outra resolução, a de número 85, aprovada em março deste ano.
Trocando em miúdos: em março a Comissão Executiva do partido proibiu o DEM de coligar com o PT nos quatro cantos do País.
Agora há pouco, após ouvir uma exposição da ex vice-governadora do Pará, Valéria Pires Franco, a Comissão decidiu excluir os paraenses da proibição, "considerando o cenário político no Pará".
Na prática, significa que o DEM está autorizado a coligar com o PT paraense, se assim desejar.
A aprovação ocorreu, por unanimidade, durante reunião na presidência do Democratas. A Comissão Executiva é formada por 34 nomes, entre eles os senadores Agripino Maia e Marco Maciel e os deputados ACM Neto e Paulo Bornhausen, líder do partido na Câmara.
O principal efeito prático da medida é ampliar as possibilidades de aliança dos Democratas no Pará e com isso, claro, o poder de barganha da legenda de Valéria e Vic Pires Franco.

Crime e Castigo


A sentença condenatória do ex-deputado Luiz Sefer (ex-DEM, atualmente filiado ao PP) - 21 anos por estupro de uma criança de 9 anos - vai ficar como exemplo.
Seu significado e repercussão não dependem do tempo - maior ou menor - que os céleres e bem articulados advogados do criminoso condenado gastarão para reverter, em caráter precário, a ordem de prisão que pesa sobre o médico e empresário.
A experiência mostra - à exaustão, diga-se - que posição social e dinheiro - não necessariamente nessa ordem - costumam operar milagres em casos semelhantes.
Não importa. O recado está definitivamente dado.
A lei deve valer para todos. Deve ser proporcional ao agravo praticado e, que ninguém esqueça, no caso específico, esteve permeado da mais cristalina monstruosidade.
As próximas horas vão confirmar se a corajosa decisão da juíza Maria das Graças Alfaia Fonseca significará o início de um novo tempo ou, abatida em pleno voo, restará apenas como um espasmo de retidão e dignidade num mar putrefato de pequenas e grandes covardias

Página Crítica de Aldenor Jr.

Você já foi a Serra Pelada, não? Então vá!

FOTO: Senador José Nery e FERNANDO CARNEIRO com lideranças de Serra Pelada.

Parafraseando o genial Dorival Caymmi na música "Você já foi à Bahia?" este blog faz um convite: se você tem alguma dúvida sobre a capacidade destrutiva do capitalismo, vá a Serra Pelada. Encrustada no sudeste do estado do Pará, esta localidade do município de Curionópolis (em alusão ao famigerado Sebastião Curió), padece de todos os males que você possa imaginar. Falta tudo: saneamento, energia elétrica, água, telefonia, saúde, segurança, educação, emprego, asfalto, moradia, e tudo o mais que você possa imaginar de serviços públicos ou privados que sirvam para dar condições dignas de vida a um povo. O retrato é trágico: uma população idosa que sofre com índices alarmantes de hanseníase e AIDS e que convive com a prostituição de crianças e adolescentes. Dos bilhões de reais extraídos do solo, nenhum foi investido no local. O Poder Público é tão somente uma longínqua abstração. O braço perverso da Vale se estende sobre a reabertura do garimpo. A COMIGASP, cooperativa dos garimpeiros, que é controlada pela família Sarney, acaba de celebrar um acordo espúrio em que repassa a lavra a uma empresa chamada Colossus Mineral Inc., uma "testa de ferro" da Vale, que ficará com 75% de tudo que for extraído de Serra Pelada, repassando aos 45 mil garimpeiros associados os 25% restantes. Como a alegada expectativa de extração não ultrapassa 3.500 Kg/ano a quantia a ser destinada a cada um dos 45 mil associados deve ser de R$ 98,00 (noventa e oito reais por mês). Um valor ridículo e que chega a ser uma ofensa aos milhares de garipeiros que dedicaram mais de 30 anos à construção de Serra Pelada. Milhares de garimpeiros, descontentes com a direção da COMIGASP, organizaram um Seminário que discutiu formas de resgatar os direitos dos garimpeiros. A luta por dignidade e em defesa do meio ambiente continua!

Do BLOG de FERNANDO CARNEIRO.

Escolas precárias no campo.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) contratou o Ibope para realizar uma pesquisa sobre a realidade das escolas do campo. Semana passada os resultados foram apresentados em Brasília.

A pesquisa revela que os alunos aprendem menos que os colegas das áreas urbanas, os professores ganham salários mais baixos e metade das escolas não tem orientação pedagógica.

A pesquisa foi realizada em escolas de 10 Estados: Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. Em cada uma das cinco regiões foram escolhidos dois Estados, um com o melhor resultado no Ideb e o que tem o pior resultado.

Durante a pesquisa, foi aplicada a Prova Brasil em 50 escolas. A média das notas ficou 10 pontos abaixo da média nacional em Língua Portuguesa e 34 pontos a menos em Matemática. Segundo a pesquisa, quanto mais pobre a família, pior é o resultado desta avaliação. Em alunos da classe E, o resultado da Prova Brasil foi 50 pontos mais baixo do que a média nacional.

A pesquisa mostra que 66% dos professores ganham, no máximo, dois salários mínimos mensais. Em 50% das escolas não há diretor presente e, em 48% delas não há coordenador, supervisor ou orientador pedagógico. Além de ganhar pouco, o professor é obrigado muitas vezes a desempenhar várias tarefas: além de ensinar, tem que limpar a sala e preparar a merenda.

De acordo com a pesquisa, mais de 50% dos alunos da escola rural são das classes D e E. Quase um terço dos pais desses alunos nunca estudou ou não chegou a completar a 4ª série do ensino fundamental. Quarenta e nove por cento deles já foram reprovados de ano. O índice é ainda mais alto (66%) entre os alunos da classe E.

A maior dificuldade apontada pelos alunos para frequentar a escola é o problema com transporte. Do total dos entrevistados, 44% vai à escola de ônibus e 43% a pé. Quase um terço das crianças trabalham, a maior parte (92%) "ajudando os pais na roça" ou "com o gado".

O Estudo Nacional das Escolas Rurais revela que 70% das escolas rurais não têm biblioteca e somente 32% têm banheiros adequados. Em 76% das escolas, o mimeógrafo está presente e é um importante instrumento de apoio ao ensino. Em contrapartida, 66% das escolas não têm computador; 74% não têm máquina fotocopiadora, 56% não têm televisão, videocassete ou aparelho de DVD.

Não há na pesquisa por amostragem feita pelo IBOPE nada que outras pesquisas acadêmicas não tenham detectado. As escolas do campo são mais precárias, sofrem com a dificuldade do transporte escolar e seus alunos possuem perfil nos exames de proficiência menor do que os da área urbana.

De qualquer forma o espaço que tal pesquisa teve na mídia, por ter sido encomendada pela poderosa CNA e feita pelo poderoso IBOPE, pode ajudar a despertar a opinião pública para a dificuldade de nosso país alcançar um padrão mínimo de qualidade.
Do Blog do Luiz Araújo

sábado, 5 de junho de 2010

Juventude em AÇÃO: DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ.

por Pedro Henrique Costa de Oliveira*

É muito especulado, atualmente, acerca da divisão do nosso Estado. Há, naturalmente, muitas vozes contrárias e a favor da divisão. É um tema muito importante e que deve ser analisado com calma. As vozes que são a favor da divisão, dizem que o Pará é um Estado de grandes dimensões e, por isso, várias regiões ficam alijadas do processo de crescimento sócio-econômico.

Os parlamentares paraenses favoráveis à divisão do Estado do Pará conseguiram, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, a primeira vitória em favor da realização do plebiscito para criação dos Estados do Carajás e Tapajós.

O Plenário aprovou, por 265 votos a 51 e 13 abstenções, o regime de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo 731/00, que autoriza a realização de plebiscito para a criação do Estado de Tapajós, por meio de desmembramento do Pará, e por 261 votos a 53 e 14 abstenções, o regime de urgência para o 2300/00 que autoriza o plebiscito para a criação do Estado do Carajás. A vitória foi conseguida depois de muitas negociações que envolveram líderes de diversos partidos.

O fator relevante está no fato de que o Pará perderá 08 das 10 cidades com o maior PIB do Estado. O PIB que é gerado pelo minério e todos os recursos que o Estado detém. Há quem diga que o Estado de Carajás já nascerá rico, mas isso garante que sua população também será? Sem contar com o fato que a criação de um Estado, aumenta naturalmente as despesas da união, imagine dois.

Na ALEPA (Assembléia Legislativa do Estado do Pará) foram entrevistados 31 deputados, cada um defendendo sua opinião acerca da divisão do Estado. Como esperava, a maioria dos parlamentares (16) se manifestaram a favor da divisão do, afinal muitos deles tem bases no sul do Pará e seria interessante para eles essa separação. Os outros deputados se mostraram a favor da decisão por plebiscito e a grande minoria, contra.

O Pará é um dos estados mais ricos do país, contudo, um dos mais difíceis de ser administrados. Segundo o discurso desenvolvimentista, a divisão traria um crescimento sócio-econômico rápido. Pelo fato de muitas pessoas do interior do Pará serem de outros estados e adotarem culturas diferentes não é fundamento plausível para se dividir um Estado, afinal diversidades culturais se vê em qualquer lugar, por isso acho que o discurso de identidade social não é tão relevante. O discurso de extensão territorial diz que com um estado menor é mais fácil de administrar, porém o Pará precisa é de uma maior integração, fazer com que políticas públicas cheguem às regiões marginalizadas. Finalmente, sobre o discurso dos interesses político, nem preciso me aprofundar, né? Obviamente, que há grandes interesses políticos por detrás de toda essa história, camuflados pela idéia da criação de novos aparelhos administrativos para evitar concorrência dos atuais. Claro que políticos que tem sua base política no sul e oeste do Pará são a favor da criação de novos estados, afinal querem se beneficiar com cargos políticos superiores, como os majoritários.

Minha opinião é no sentido de que o Pará precisa de uma maior integração, fazendo com que as políticas públicas cheguem nesses lugares alijados, marginalizados, como disse anteriormente. Essa divisão só servirá para repartição de pobreza e favorecimento político dos grandes interessados, motivo pelo qual, também, sou totalmente contra a divisão do nosso Estado. Não podemos perder nossas cidades, nosso território. Temos que lutar pelos nossos interesses, deixar o conformismo de lado, deixar a inércia de lado.

Claro, como vivemos num país democrático, há opiniões divergentes, contrárias a minha e as de quem é contra a divisão do estado. Contudo, como tenho orgulho de ser paraense, minha vontade é de ver o Pará crescendo sendo o mesmo de sempre, sem divisões.


* Pedro Henrique Costa de Oliveira é acadêmico de DIREITO.