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sábado, 19 de novembro de 2011

Plebiscito: Campanha das frentes a favor da divisão perdem foco.

DO BLOG DA PROF. EDILZA FONTES.

A linha de comunicação adotada pelas frentes que defendem a criação do estado de Carajás e Tapajós adotou inicialmente uma linha que se resumia no mote de que a "divisão vai ser bom para todo mundo", quase um "Pará paz e amor", e isto estava, por assim dizer em uma linha, que na minha opinião, levando ao debate.... Mas não mais que de repente a linha muda, passa para um tom mais agressivo, do tipo abaixo do pescoço é tudo canela....

Bem esta nova linha não tem surtido efeito, nas peças novas, temos algumas situações no mínimo inusitadas. Elas falam de educação e mostram dados sobre creche, as creches são de responsabilidade das prefeituras, logo a ausência delas também e culpa dos prefeitos que defendem a divisão.... Em outra peça publicitária, temos a questão da saúde e mostram uma matéria relacionadas a postos de saúde, eles também são responsabilidade das prefeituras. Será que também querem aumentar o Fundo de Participação dos Municípios, para construir mais creches e postos de saúde ???

Bem, mais a peça publicitária que mais chamou atenção, foi a entrevista de Paulo Henrique Amorim, esta inclusive teve direito a um Tag no twitter #paulodivideamorim, esta concepção de campanha não contou com o sentimento que a população do Pará tem, é um sentimento mais ou menos assim, "se alguém tem que falar mal de minha casa, que seja EU, ninguém de fora apita neste assunto".... No Pará já tivemos inúmeros casos de situações onde a população se revolta com declarações negativas sobre o estado, mais recentemente o jornalista Edson Matoso manifestou este sentimento em seu programa, quando um certo jogado (que não merece nem o nome citado) falou mal do Pará.

A campanha do NÃO (55) soube aproveitar bem esta nova linha de comunicação do Sim e colocou uma frase no programa - agora eles ainda falam mal do nosso estado.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

25 anos da interiorização da UFPA: Memórias e histórias da interiorização

O reitor Carlos Maneschy gravou depoimento para o
vídeo que será apresentado durante comemorações
por Igor de Souza / Novembro 2011
foto Alexandre Moraes

Para o historiador francês Jacques Le Goff, "A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro". Tal afirmação, presente em sua obra História e Memória (1988), já se insere em uma mudança de perspectiva na historiografia contemporânea, que passou a dar mais relevância à história oral e à memória como fenômenos e fontes históricas.

E foi, justamente, o uso desses métodos que nortearam o anseio da professora Edilza Joana Oliveira Fontes, da Faculdade de História da UFPA, por registrar e mostrar a memória da Universidade Federal do Pará (UFPA). Desse anseio, surgiram dois projetos de pesquisa coordenados pela docente. O primeiro deles foi o "UFPA 50 anos: Histórias e Memórias", realizado entre os anos de 2005 e 2007, que culminou com a publicação de livro com o mesmo título do projeto para comemorar os 50 anos da Instituição.

O segundo, chamado "UFPA uma Universidade Multicampi: 25 anos de ensino superior regionalizado no Pará", foi elaborado como uma continuação do primeiro projeto e trata de um tema mais específico da história da UFPA: o processo de implantação dos campi da Universidade, que, em 2011, completa 25 anos. "Queremos provocar a discussão sobre as histórias e memórias desse processo de interiorização do ensino superior público no Pará: Como surgiu essa iniciativa? Como se deram as discussões pedagógicas em torno disso? Quais foram as etapas para construir o corpo docente? Estas, entre muitas outras questões", ressalta a coordenadora Edilza Fontes.

Processo de interiorização priorizou as licenciaturas

Iniciado no âmbito da gestão do ex-reitor José Seixas Lourenço (gestão de 1985 a 1989), o processo de implantação dos campi da UFPA no interior do Estado focou, primeiramente, os cursos de licenciatura, no chamado "I Projeto Norte de Interiorização", executado em 1986, em convênio com o governo do Estado e municípios. Somente na década de 1990, o processo de interiorização foi assumido pelo Ministério da Educação (MEC) e recebeu verbas no orçamento da Universidade.

Com esse I Projeto, foram instalados os cursos de Letras, Matemática, História, Geografia e Pedagogia em oito municípios escolhidos em cada mesorregião do Estado, no intuito de diminuir a carência de professores licenciados nas redes estaduais e municipais na época. "Foi nessa ocasião que a UFPA consolidou a tradição dos cursos intervalares, quando, nos meses de julho, janeiro e fevereiro, os professores da Universidade saíam da capital para o interior e, assim, garantiam o corpo docente dos cursos ofertados. Houve muita dificuldade no início, mas foi uma iniciativa que deu certo, tanto é que, dessa experiência, surgiram duas universidades federais: a Universidade Federal do Oeste do Pará e a futura Universidade do Sul e Sudeste do Pará", complementa Edilza Fontes.

Atualmente, a UFPA conta com 11 campi localizados nos municípios de Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal, Marabá, Santarém, Soure, Capanema e Tucuruí, e os cursos ofertados nos campi priorizam vocações econômicas locais.

Documentos oficiais e depoimentos de antigos gestores

Para contar a história da implantação dos campi da UFPA no interior do Estado, a equipe do Projeto vem trabalhando com registros de memória e com documentações oficiais. Já foram catalogadas as atas dos conselhos superiores desde 1986, no que diz respeito a todo o debate que se travou sobre a interiorização da Universidade, e as atas do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFPA. Está sendo concluído o levantamento de documentos oficiais do Instituto de Ciências da Educação da UFPA e do Centro de Processos Seletivos. A pesquisa documental envolve, também, os registros fotográficos da interiorização da UFPA.

No que diz respeito aos registros de memórias, o objetivo é coletar 100 depoimentos a partir de entrevistas com professores, servidores e egressos que estiveram envolvidos no processo de implantação e consolidação dos campi do interior. Em outubro, foi finalizada a coleta dos primeiros depoimentos, os quais foram registrados em vídeo, com o auxílio técnico da produtora Academia Amazônia. "Nos 25 primeiros depoimentos, nós priorizamos os ex-reitores, os dirigentes e os coordenadores dos campi nestes 25 anos. Então, tratamos mais da memória da Instituição do ponto de vista das suas gestões", explica a professora Edilza Fontes.

Lançamento – Para o lançamento desse material, será realizada uma programação no dia 15 de dezembro deste ano, no Centro de Convenções da UFPA, com quatro mesas--redondas, as quais contarão com a presença de ex-reitores e atuais dirigentes da UFPA e dos seus campi. Entre os temas que serão debatidos, estão: "Implantação dos campi, o seu corpo docente, os cursos intervalares e a pesquisa: valeu a experiência?" e "Reuni e Parfor como política de consolidação dos campi da UFPA".

As próximas atividades do Projeto serão disponibilizar os documentos coletados e os vídeos produzidos em um site na internet, com previsão de lançamento para março de 2012, e, em julho do mesmo ano, lançar um livro, sob o selo da Editora da UFPA, com os resultados da pesquisa.

"Com o site, queremos que os servidores também contribuam com materiais pessoais que possam ajudar na construção da memória da Universidade, pois a memória, hoje, é uma possibilidade de releitura e de documentação para a escrita da história. Esperamos que, a partir dessa experiência, a UFPA busque estabelecer um centro de pesquisa e documentação para registrar a forma como a Universidade contribui para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no nosso Estado", finaliza a professora Edilza Fontes.

http://www.ufpa.br/beiradorio/novo/index.php/leia-tambem/1273-memorias-e-historias-da-interiorizacao

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Adeus, meu amigo Padre José Raimundo!


Hoje me despedi de meu amigo Padre José Raimundo, padre salesiano que morava em Manuas-AM e faleceu antes de ontem.

Zé Raimundo, vá em paz, meu amigo! Sentiremos sua falta!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PROCESSO DE JADER FICA PARADO NO SUPREMO...

Jáder Barbalho não toma posse como Senador da República pelo Pará. A decisão foi tomada hoje pelo STF que empatou novamente, deixando somente para 2012 a decisão, após a posse de mais uma Ministra que desempatará a questão.

Marinor Brito (PSOL) continua Senadora do povo do Pará!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Justiça persegue os Professores no Pará.

Nos últimos dias, a justiça paraense determinou o fim da Greve dos Professores, ameaçou multar os Coordenadores Gerais do sindicato em R$25.000,00 reais (a ser pago por pessoa física e não pelo sindicato) e adiou o pagamento do Piso Nacional da Eduicação para daqui a 12 meses. O Governador do PSDB, Simão Robson Jatene, defendia essa proposta, descumprindo a lei federal que determina que o Piso já está em vigor.

Além de não pagar po Piso Nacional, Jatene também não implementou o PCCR da categoria, que já é lei no Estado e que ele prometeu em campanha implementar. Jatene segue a risca a tradição de político malandro que promete em campanha e não cumpre no governo.
Para piorar a situação, ao decidir que não acabariam com a Greve em Assembléia absolutamente representativa, o Governo Tucano pediu a prisão de Conceição Holanda (foto acima) e Williams Silva, Coordenadores do Sindicato.

Amanhã (09/11) os Professores farão ato de protesto e para esse evento já está confirmada uma grande quantidade de ônibus vindo dos mais diversos municípios do Pará, em uma verdadeira caravana da solidariedade e da indgnição.

Nosso apoio à todos os trabalhadores em Educação do Pará! Como professor entendo e estou na luta junto!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Somos todos Marcelo Freixo!


DO SITE DO MOVIMENTO JUNTOS!

por Marcio Ornelas*

Marcelo Freixo é hoje deputado estadual no Rio de Janeiro pelo PSOL. O parlamentar tem atuação amplamente reconhecida desde quando era professor e ativista dos direitos humanos. Em 2010, foi reeleito de forma bastante expressiva: foram mais de 170 mil votos. Logo após as eleições, o filme “Tropa de Elite 2” estreou e no longa havia um personagem que combatia as milícias inspirado no deputado. Com o enorme sucesso alcançado pelo filme, o nome do Freixo foi potencializado de uma forma extraordinária no cenário nacional. Com isso, também o seu mandato e seus duros discursos contra as milícias e o governo estadual.

Marcelo Freixo (foto abaixo).
No contexto atual, é difícil para a mídia e parte das autoridades ignorar as denúncias e atuação abnegada contra as milícias levada à cabo por Marcelo Freixo. Essa maior exposição, por si só, já seria motivo suficiente de incômodo por parte dos grupos milicianos. No entanto, a construção do mandato de Freixo não tem servido apenas à denúncia da situação calamitosa e da extrema violência à qual é submetida à população do Rio de Janeiro, mas principalmente como ferramenta de organização e luta dos movimentos sociais acerca de tais temas e da população deste estado. A atuação, portanto, do mandato é construída de maneira muito próxima aos movimentos sociais, reivindicando as demandas destes e assim subvertendo a lógica tradicional do parlamento. Assim, a população em sua maioria identifica em Marcelo Freixo; um grande aliado diante da enorme batalha travada diariamente nas periferias cariocas e fluminenses.

Porém, nem tudo são flores. O poder das milícias não diminuiu nesse tempo. Pode-se dizer justamente o contrário. O governo do Estado continua tratando do assunto como um mal menor, talvez com mais negligência que antes. A polícia civil, no que lhe cabe, vem efetuando algumas prisões, mas a experiência com o tráfico de drogas mostra, que combater o problema na última ponta da pirâmide adianta pouco. Isto é, novos milicianos são repostos com igual velocidade aos “traficantes”, dando continuidade a uma política de segurança pública do espetáculo, onde o que importa é mostrar alguma coisa para as câmeras de TV. Das 58 propostas do relatório final da CPI das milícias, que podiam efetivamente combater o poder econômico e territorial desses grupos, nada foi colocado em prática. A vida do deputado Marcelo Freixo continua correndo risco e ele segue batendo recordes de ameaças; tudo isso a luz do assassinato da juíza Patrícia Acioli. Não adianta as autoridades fazerem o mea culpa depois de tanto descaso. A juíza, uma mulher corajosa, ousada, dedicada e extremamente eficiente, não serve de nada para a sociedade estando morta e isso é irreparável. Sua morte só serviu para mostrar que não há limites (antes imaginados) para a ação desses grupos criminosos. Não podemos admitir que o mesmo ocorra com Freixo: por isso é fundamental defender a vida do deputado neste momento!

Marcelo Freixo (foto abaixo):
Evidentemente isso não é um problema que compete somente ao PSOL e ao próprio Marcelo Freixo, como muitas vezes as autoridades deixam transparecer. Aliás, Freixo faz muito bem em rejeitar o rótulo de herói, porque de fato não o é. É preciso mostrar a fragilidade da situação em que se encontra; afinal, heróis não convivem com o medo diariamente e nem tem a sua liberdade cerceada. Esse rótulo é extremamente pernicioso, uma vez que coloca a culpa no próprio deputado pela situação em que se encontra: “Ele é louco” ou “Está fazendo bem mais do que deveria” são algumas das pérolas que se escuta por aí. Isso precisa ser fortemente combatido, para que todo o avanço na concepção de atuação/conduta de um parlamentar – conseguido pelo mandato – não se perca.

A maneira leviana que o governo trata as ameaças à vida de Freixo é de causar profunda indignação. É inaceitável que quando todo o estado do Rio de Janeiro e parte do Brasil já estavam ciente das novas ameaças de morte recebidas, a Secretaria de Segurança Pública do Estado solte uma nota dizendo desconhecê-las, já lavando as mãos caso qualquer coisa aconteça. Por isso, atos como o que aconteceu na OAB são fundamentais para mostrar que essa questão não é partidária: ela envolve setores muito mais amplos.

Qualquer setor sério e comprometido da sociedade tem a obrigação de perceber que não é a questão posição política que está em jogo, mas o próprio direito que se tem de exercer um trabalho sério enquanto parlamentar, que não aceite os limites da ação impostos pelo medo e pela passividade do Estado. O simbolismo disso é tão forte, que, se o Estado não resguarda o deputado que combate as milícias, está claramente escolhendo um lado. Com essa conivência, nós não podemos compactuar: exigimos saber que relações são essas que encobrem tanta omissão e é preciso uma forte mobilização que pressione as autoridades a se movimentarem.

Diante dos planos cada vez mais conclusivos para executá-lo, Marcelo Freixo está deixando o país nesta terça-feira. Todos nós temos absoluta certeza de que não é uma fuga e sim um recuo necessário para garantir sua sobrevivência. Mas é também uma medida emblemática, que reafirma a incompetência do Estado para garantir a segurança daqueles que atuam pela justiça e contra este sistema violento e opressor. Seja como for, continuaremos cobrando uma resposta dos nossos governantes. Estamos nessa Juntos! e agora, mas do que nunca, Somos Todos Marcelo Freixo!