DO BLOG DA PROF. EDILZA FONTES.
|
FONTE: TSE |
Alan Pereira
Esse Blog é um espaço de diálogo com a juventude. Discutiremos sobre política, educação, sociedade, realidade amazônica, dentre outros temas que interessam a juventude. Seja bem-vindo!
|
FONTE: TSE |
Reitoria, Diretoria de Segurança, Associação de Docentes, representantes de Centros Acadêmicos e Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Pará (UFPA) reuniram-se novamente para discutir a segurança no campus do Guamá, na última sexta-feira, 10. Na ocasião, foram recapituladas questões discutidas no último encontro, em 4 de maio passado. Uma delas, a decisão de que os alunos devem apresentar carteira de estudante ou comprovante de matrícula para ingressar no Campus após as 18h, assim como professores e técnicos também devem se identificar na portaria às quintas e sextas-feiras, dias de forró no Vadião. Representantes do DCE pediram que haja maior flexibilidade dos vigilantes quanto a essa questão, para que estudantes sem o documento não percam provas, por exemplo. Carlos Maneschy lembrou que a ação iniciou mediante acordo entre a Reitoria e o DCE. A diretora da Adufpa, Rosimê Meguins, sugeriu que haja ampla divulgação sobre o fato para que os estudantes não sejam surpreendidos e acabem perdendo aulas ou provas. Os representantes estudantis e da Adufpa manifestaram apoio à construção de uma política de segurança permanente para a UFPA, também proposta na reunião anterior. O reitor Carlos Maneschy disse que essa comissão, que será formada por representantes dos diversos segmentos da Instituição, ainda deve passar pela avaliação do Conselho Universitário. Novo som - O reitor anunciou que já foi comprado o som que prometera aos estudantes, para substituir as aparelhagens que estavam tocando nos forrós, favorecendo, inclusive, uma economia às comissões de formatura e demais promotores de eventos, porque o uso do som será totalmente grátis: “A UFPA vai se responsabilizar por tudo, desde a montagem e desmontagem até a operação do som”, disse o reitor. O equipamento é composto de três amplificadores, um drive-rack, uma mesa de áudio com 10 canais e oito alto-falantes. O valor do equipamento foi R$ 17 mil, pagos com recursos da Fundação de Amparo de Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). O equipamento ficará sob responsabilidade da Diretoria de Apoio Cultural da Pró-Reitoria de Extensão (DAC/PROEX) e, para agendar seu uso, os interessados devem procurar a DAC, no segundo andar do prédio da Reitoria. Eles podem ter mais informações pelo e-mail DAC@ufpa.br ou pelos telefones (91) 3201-8313/3201- 8008. O estudante Rafael Saldanha, diretor do DCE, questionou a existência de um efetivo de seguranças condizente com a necessidade do Campus e lembrou que o Ministério da Educação aumentou a rubrica de recursos para que estes fossem investidos em segurança nas instituições públicas de ensino superior, querendo saber se tais recursos estão sendo investidos na UFPA. Além disso, Saldanha afirmou que, se de um lado falta segurança, de outro, em determinadas situações, há rigidez excessiva em dias de festa de forró universitário e reclamou da presença da Polícia Militar em rondas esporádicas no território da Universidade. Em resposta, o reitor Carlos Maneschy afirmou que, de fato, houve aumento na rubrica de recursos para investimentos em segurança na Universidade pelo MEC, porém tais recursos ainda não são suficientes para suprir as necessidades da Instituição, tanto que, ainda em 2011, foi necessário utilizar R$ 4 milhões de outra rubrica para dar conta dos investimentos realizados. “Infelizmente, os recursos não aumentam na mesma proporção que aumentam as atividades, as demandas e a estrutura física da Universidade”, disse Maneschy. O reitor lembrou, ainda, que há dados que comprovam a queda de ocorrências registradas com relação a situações de violência dentro do Campus e que isso ocorreu muito em função da pronta ajuda que a PM tem prestado sempre que acionada pela Diretoria de Segurança da UFPA. O diretor de Segurança, Paulo Sette Câmara, complementou informando que não há como trabalhar com estratégias de segurança em um bairro reconhecidamente marcado pela violência, como o Guamá, sem o apoio da PM, de modo que o papel da polícia seria exclusivamente o de apoiar as ações da segurança efetiva da Universidade. Texto: Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre Moraes
Data: 08/06/2011
Por Najla Passos
ANDES-SN
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na manhã desta quarta-feira (8/6), em votação simbólica, o texto proposto pela Medida Provisória 525/2011, que libera a contratação de 20% dos professores das universidades públicas e instituições tecnológicas de ensino sem concurso público. A MP estabelece que a contratação desses professores temporários atenda não apenas aos casos antes previstos na Lei 8745/93, como vacância dos cargos efetivos por morte, aposentadoria, afastamento para tratamento médico ou capacitação.
Pela nova regra, os novos cursos criados dentro do projeto de expansão do ensino superior do governo, o Reuni, também podem contratar professores temporários, sem a obrigatoriedade de promoção de concurso público. O mesmo vale para cargos vagos em decorrência de seus titulares passarem a ocupar o staff da administração superior, como reitores, pró-reitores e diretores de campus.
De acordo com o governo, a demanda total de docentes para o Reuni foi estimada em 15.755 professores de 3º grau, com base na razão média de 1 docente para cada 20 alunos. "Quando o quadro de docentes para a expansão pretendida estiver completo, terão sido criados 1.461 novos cursos presenciais, permitindo 109 mil novas vagas na graduação", disse o relator, deputado Jorge Boeira (PT-SC).
Derrota da oposição
As iniciativas dos partidos de oposição de barrarem a abrangência da medida não vingaram. Tanto a emenda destacada pelo PSDB, que reduzia o percentual de contratação sem concurso para 5%, quanto a apresentada pelo DEM, que reduzia o mesmo percentual para 10%, foram rejeitadas.
"Houve tempo suficiente para que o governo tomasse as medidas necessárias para a realização do concurso público como deve acontecer para o provimento dos cargos de docentes, de professores nas nossas instituições federais de ensino", afirmou o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP). "Lamentamos principalmente por aqueles que poderiam, por meio de concurso público, integrar o quadro de novas universidades", completou.
Crítica docente
A MP 525/11 foi repudiada pela plenária do 30º Congresso do ANDES-SN, realizado em Uberlândia (MG), de 14 a 21/2. Conforme Moção de Repúdio proposta pela diretoria do Sindicato e aprovada no último dia de atividades, “o governo federal repete prática adotada anteriormente em duas situações bem identificadas na história da educação brasileira, uma na década de 70, em plena ditadura, que resultou na proliferação dos contratos de professores colaboradores, e outra na década de 90, no governo FHC, que conduziu ao ciclo de ocupação das vagas docentes por substitutos, admitidos temporariamente, em caráter precário”.
No documento, os docentes apontam o caráter arbitrário da medida, que reflete o contingenciamento de recursos operado pelo governo Dilma que, de forma autoritária, via Medida Provisória, autoriza o exercício das atividades docentes de forma precária, sem concurso público e à margem do Regime Jurídico Único, que disciplina o trabalho do funcionalismo público brasileiro. A MP 525/11 segue para apreciação do Senado. Se aprovada, será submetida à sanção presidencial.
(Com informações da Agência Câmara de Notícias)