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domingo, 15 de agosto de 2010

Marina Silva e o seu posicionamento religioso - uma contradição política do discurso de defesa do povo.


Na semana do Orgulho Gay, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse ser "não favorável" ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. "O casamento é uma instituição entre pessoas de sexos diferentes, que foi pensada há milhares de anos para essa finalidade", afirmou, acrescentando que seu posicionamento "não pode ser confundido com discriminar essas pessoas do ponto de vista de seus direitos".

Sem hesitar, Marina disse que não irá à parada do Orgulho Gay - marcada para o domingo, em São Paulo. A senadora disse, ainda, não ter opinião formada sobre a adoção por casais homossexuais. "Eu não tenho competência técnica para ter um olhar em relação a essa questão."

As declarações provocaram fortes reações nas redes sociais. Mais tarde, em entrevista ao portal Terra, Marina tentou amenizar ao dizer que vê o casamento como um "sacramento", mas se disse favorável à união civil "de bens" entre pessoas do mesmo sexo. Se eleita, garantiu, não usará o governo "para fazer proselitismo religioso".

Marina já causara polêmica com a comunidade GLBT ao supostamente esconder uma bandeira do arco-íris recebida de um vereador do PV. Nas entrevistas, a pré-candidata verde também se disse contrária à descriminalizaçã o do aborto e da maconha. Propôs, contudo, a realização de plebiscitos sobre os assuntos.

Ela reiterou tópicos frequentes em suas falas, como a defesa da manutenção da política macroeconômica e do desenvolvimento sustentável. Na política externa, direcionou críticas tanto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto ao pré-candidato tucano, José Serra - que na semana passada acusou o governo boliviano de ser "cúmplice" do tráfico de cocaína. "Eu tenho dúvida se o governo da Bolívia não fosse de um índio, se isso seria dito com tanta radicalidade."

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