Do BLOG de FERNANDO CARNEIRO.
Esse Blog é um espaço de diálogo com a juventude. Discutiremos sobre política, educação, sociedade, realidade amazônica, dentre outros temas que interessam a juventude. Seja bem-vindo!
O que você quer saber?
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Você já foi a Serra Pelada, não? Então vá!
Do BLOG de FERNANDO CARNEIRO.
Escolas precárias no campo.
A pesquisa revela que os alunos aprendem menos que os colegas das áreas urbanas, os professores ganham salários mais baixos e metade das escolas não tem orientação pedagógica.
A pesquisa foi realizada em escolas de 10 Estados: Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. Em cada uma das cinco regiões foram escolhidos dois Estados, um com o melhor resultado no Ideb e o que tem o pior resultado.
Durante a pesquisa, foi aplicada a Prova Brasil em 50 escolas. A média das notas ficou 10 pontos abaixo da média nacional em Língua Portuguesa e 34 pontos a menos em Matemática. Segundo a pesquisa, quanto mais pobre a família, pior é o resultado desta avaliação. Em alunos da classe E, o resultado da Prova Brasil foi 50 pontos mais baixo do que a média nacional.
A pesquisa mostra que 66% dos professores ganham, no máximo, dois salários mínimos mensais. Em 50% das escolas não há diretor presente e, em 48% delas não há coordenador, supervisor ou orientador pedagógico. Além de ganhar pouco, o professor é obrigado muitas vezes a desempenhar várias tarefas: além de ensinar, tem que limpar a sala e preparar a merenda.
De acordo com a pesquisa, mais de 50% dos alunos da escola rural são das classes D e E. Quase um terço dos pais desses alunos nunca estudou ou não chegou a completar a 4ª série do ensino fundamental. Quarenta e nove por cento deles já foram reprovados de ano. O índice é ainda mais alto (66%) entre os alunos da classe E.
A maior dificuldade apontada pelos alunos para frequentar a escola é o problema com transporte. Do total dos entrevistados, 44% vai à escola de ônibus e 43% a pé. Quase um terço das crianças trabalham, a maior parte (92%) "ajudando os pais na roça" ou "com o gado".
O Estudo Nacional das Escolas Rurais revela que 70% das escolas rurais não têm biblioteca e somente 32% têm banheiros adequados. Em 76% das escolas, o mimeógrafo está presente e é um importante instrumento de apoio ao ensino. Em contrapartida, 66% das escolas não têm computador; 74% não têm máquina fotocopiadora, 56% não têm televisão, videocassete ou aparelho de DVD.
Não há na pesquisa por amostragem feita pelo IBOPE nada que outras pesquisas acadêmicas não tenham detectado. As escolas do campo são mais precárias, sofrem com a dificuldade do transporte escolar e seus alunos possuem perfil nos exames de proficiência menor do que os da área urbana.
De qualquer forma o espaço que tal pesquisa teve na mídia, por ter sido encomendada pela poderosa CNA e feita pelo poderoso IBOPE, pode ajudar a despertar a opinião pública para a dificuldade de nosso país alcançar um padrão mínimo de qualidade.
Do Blog do Luiz Araújo
sábado, 5 de junho de 2010
Juventude em AÇÃO: DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ.
É muito especulado, atualmente, acerca da divisão do nosso Estado. Há, naturalmente, muitas vozes contrárias e a favor da divisão. É um tema muito importante e que deve ser analisado com calma. As vozes que são a favor da divisão, dizem que o Pará é um Estado de grandes dimensões e, por isso, várias regiões ficam alijadas do processo de crescimento sócio-econômico.
Os parlamentares paraenses favoráveis à divisão do Estado do Pará conseguiram, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, a primeira vitória em favor da realização do plebiscito para criação dos Estados do Carajás e Tapajós.
O Plenário aprovou, por 265 votos a 51 e 13 abstenções, o regime de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo 731/00, que autoriza a realização de plebiscito para a criação do Estado de Tapajós, por meio de desmembramento do Pará, e por 261 votos a 53 e 14 abstenções, o regime de urgência para o 2300/00 que autoriza o plebiscito para a criação do Estado do Carajás. A vitória foi conseguida depois de muitas negociações que envolveram líderes de diversos partidos.
O fator relevante está no fato de que o Pará perderá 08 das 10 cidades com o maior PIB do Estado. O PIB que é gerado pelo minério e todos os recursos que o Estado detém. Há quem diga que o Estado de Carajás já nascerá rico, mas isso garante que sua população também será? Sem contar com o fato que a criação de um Estado, aumenta naturalmente as despesas da união, imagine dois.
Na ALEPA (Assembléia Legislativa do Estado do Pará) foram entrevistados 31 deputados, cada um defendendo sua opinião acerca da divisão do Estado. Como esperava, a maioria dos parlamentares (16) se manifestaram a favor da divisão do, afinal muitos deles tem bases no sul do Pará e seria interessante para eles essa separação. Os outros deputados se mostraram a favor da decisão por plebiscito e a grande minoria, contra.
O Pará é um dos estados mais ricos do país, contudo, um dos mais difíceis de ser administrados. Segundo o discurso desenvolvimentista, a divisão traria um crescimento sócio-econômico rápido. Pelo fato de muitas pessoas do interior do Pará serem de outros estados e adotarem culturas diferentes não é fundamento plausível para se dividir um Estado, afinal diversidades culturais se vê em qualquer lugar, por isso acho que o discurso de identidade social não é tão relevante. O discurso de extensão territorial diz que com um estado menor é mais fácil de administrar, porém o Pará precisa é de uma maior integração, fazer com que políticas públicas cheguem às regiões marginalizadas. Finalmente, sobre o discurso dos interesses político, nem preciso me aprofundar, né? Obviamente, que há grandes interesses políticos por detrás de toda essa história, camuflados pela idéia da criação de novos aparelhos administrativos para evitar concorrência dos atuais. Claro que políticos que tem sua base política no sul e oeste do Pará são a favor da criação de novos estados, afinal querem se beneficiar com cargos políticos superiores, como os majoritários.
Minha opinião é no sentido de que o Pará precisa de uma maior integração, fazendo com que as políticas públicas cheguem nesses lugares alijados, marginalizados, como disse anteriormente. Essa divisão só servirá para repartição de pobreza e favorecimento político dos grandes interessados, motivo pelo qual, também, sou totalmente contra a divisão do nosso Estado. Não podemos perder nossas cidades, nosso território. Temos que lutar pelos nossos interesses, deixar o conformismo de lado, deixar a inércia de lado.
Claro, como vivemos num país democrático, há opiniões divergentes, contrárias a minha e as de quem é contra a divisão do estado. Contudo, como tenho orgulho de ser paraense, minha vontade é de ver o Pará crescendo sendo o mesmo de sempre, sem divisões.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Festa de aniversário de Edmilson Rodrigues lota quadra de samba na capital...
quinta-feira, 27 de maio de 2010
No IFCH... dá até pra rir...
A oposição, liderada pelos professores Denise Cardoso e Alberto Teixeira, ficou em segundo lugar, vencendo nas urnas do IFCH (técnicos, docentes e pós-graduandos) e na urna do BLOCO B (graduação de História, Filosofia e Ciências Sociais).
A situação (movimento Afirmação) venceu no interior em um processo eleitoral duvidoso, pois os alunos foram chamados para atividades acadêmicias em meio ao recesso deles... Venceu também na urna do curso do candidato (geografia).
Uma certeza fica: a diferença foi pouca, o que comprova duas coisas:
1) Uma parte significativa do IFCH deu o recado de que não está gostando das coisas da forma como estão e querem melhorias na gestão.
2) Houve uma derrota eleitoral e não política da oposição. A Prof. Denise mostrou que o movimento "IFCH para Tod@s!" não está de brincadeira e que o debate agora é fortalecido.
Porém, muitas dúvidas ficam quanto ao novo diretor, o escandalo do vestibular e a nova gestão de quatro anos...
Espero que as coisas se resolvam, porque o que eu e meus colegas estudantes queremos é respeito, abertura e diálogo com a direção do IFCH. Espero que o Prof. João Márcio agora cumpra com suas "promessas" de campanha e que "afirme" que estava falando sério e não brincando de ser político...
só resta esperar e ver no que isso vai dar!
diretor do CAHIS - IFCH
PM no campus da UFPA... fazendo o que???
Segundo rola na "blogsfera universitária", a PM prendeu um jovem usuário de maconha. Ele fumava à beira do rio Guamá hoje. O problema é que a PM não tem autoridade dentro da Universidade a menos que o reitor acione a força policial, fora isso os nossos Policiais estaduais não tem jurisdição sobre um território federal. Segundo o que dizem o reitor Prof Carlos Maneschy não chamou nenhuma viatura e agora o DCE quer saber o que a PM fazia dentro do campus da UFPA e porque prendeu o jovem.
Arbitrariedade!
Só é caso de polícia o tráfico, fabricação e comercialização de drogas , e não o consumo, este é caso de saúde pública.
Negligência!
Quanto a maconha, é um outro assunto...
Pedro Ivo C. Castro.
sábado, 22 de maio de 2010
NOTA do CAHIS sobre a morte do estudante Roberto Lobato - presidente do CA de Odonto da UFPA.
Belém, 22 de maio de 2010.
Nós, estudantes do curso de História e diretoria 2010 do centro Acadêmico de História da Universidade Federal do Pará viemos nos solidarizar com a família do líder estudantil Roberto Ribeiro Lobato, assassinado brutalmente essa semana.
Nos solidarizamos, também, aos colegas estudantes do curso de odontologia e à diretoria do Centro Acadêmico de Odontologia que cumpre seu papel de representação estudantil com muitas dificuldades, assim como nós do CAHIS e todos os outros CA's e DA's da UFPA.
Infelizmente o problema da violência e da faltta de políticas públicas de segurança não são sentidas somente ao entorno da casa do estudante assassinato, mas é sentida também dentro da Universidade, que tem por obrigação garantir nossa segurança, afinal, nós somos o maior patrimônio dessa Universidade. Porém, infelizmente isso não acontece!
Ao sairmos do Campus do Guamá/Terra Firma, encontramos a realidade de dois dos bairros mais perigosos desse distrito da capital paraense, entretanto, além da UFPA alegar "não ter mais responsabnilidade" sobre nosso patrimônio humano, o estado apresenta suas fragilidades com um policiamento deficiente, nos deixando sob o risco de assaltos e outros tipos de violência.
É preciso mudar essa realidade e nós do CAHIS estamos juntos à todos os que querem, verdadeiramente, construir uma sociedade melhor, onde a segurança pública também seja um direito universal e concreto!
Mais um líder se foi e deixou o exemplo de que é preciso ousar lutar, quando a regra é ceder, para que possamos ousar vencer, sempre!
Pedro Ivo Carvalho de Castro.
morador do bairro do jurunas e diretor do CAHIS-UFPA / 2010.
GESTÃO: "HISTÓRIA EM AÇÃO. Quem ousa, constrói o amanhã!"
No IFCH os estudantes querem MUDANÇA! do blog do Prof;. Edir Veiga...


Todo o material de campanha da chapa encabeçada por Denise e Alberto é artesanal e feito pelos próprios estudantes. Veja alguns momentos de confecções dos cartazes. NÃO HÁ REITOR OU PRO-REITOR COM A MÃO NA MASSA FAZENDO MATERIAL NENHUM!
segunda-feira, 17 de maio de 2010
É "Projeto Quintas de História e Educação" - coordenado pelo Prof. Marcio Couto H. que já foi notícia no Blog...
03.05.2010 -
Por Clareana Rodrigues
Década de 50. Surge em Belém o curso de graduação em História e Geografia na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Pará. Incorporado depois à UFPA, em 1957, o curso foi responsável pela formação dos primeiros professores de história e geografia da região.
A consolidação da produção de conhecimento em história e geografia e de ambas como campos do conhecimento levou a separação dos cursos. Com a criação do novo curso de história, que precisou atender a necessidade de produção de conhecimento científico e a formação de professores, foi preciso estabelecer um curso que prezasse pela formação dos estudantes voltada para o ensino e a pesquisa.
Contudo, a última Avaliação do Curso de História realizada pela direção da Faculdade, em 2009, demonstrou que os graduandos têm dificuldades em adaptar o conteúdo recebido na graduação para as salas de aula de ensino médio e fundamental. Na pesquisa foi constatado que esses estudantes só passavam a compreender as metodologias para abordar os temas da história “na prática”, e não necessariamente em paralelo as aulas da universidade.
Percebendo essa necessidade foi criado, em 2009, o Projeto de Extensão Quintas de História e Educação. Nele, estudantes e professores da Faculdade de História se reúnem todas as últimas quintas-feiras de cada mês para promover uma discussão sobre novas linguagens e tecnologias no ensino de História.
Sempre com uma temática diferenciada, o projeto pretende qualificar a formação dos discentes e oferecer uma perspectiva mais profunda para as aulas. Isso proporciona não somente uma proximidade maior dos alunos com as práticas de ensino-aprendizado, mas contribui também com a educação dos próprios futuros alunos desses acadêmicos.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Mais um BLOG no ar...
O Contraponto é um coletivo organizado nacionalmente em vários estados brasileiros e que atua no movimento estudantil secundarista e no movimento estudantil universitário.
O coletivo é significativamente atuante em muitas regiões do Brasil, tendo inclusive dois diretores da UNE, sendo um deles da executiva da União Nacional dos Estudantes, representando todos os que acreditam que essa entidade histórica do movimento estudantil deve retornar às suas origens e beber na fonte da coragem e rebeldia que possuia durante o regime militar e até antes.
Mas não é só isso, no Pará, o CONTRAPONTO já esteve presente em vários DCE's como o da Universidade da Amazônia (UNAMA) e do da Universidade Federal do Pará (UFPA), que é uma das maiores se não é a maior Universidade Federal em número de alunos do país. Esteve, também, pelo movimento secundarista, liderando por muitos anos o Grêmio estudantil do colégio estadual Deodoro de Mendonça.
Atualmente o coletivo CONTRAPONTO atua mais fortemente na ILHA do MARAJÓ, atua também nos municípios de Ananindeua e Abaetetuba e está com planos de expansão à outros municípios do Estado do Pará.
Na UFPA atualmente está presente na direção do CAHIS (Centro Acadêmico de História) e em outros cursos, como em Ciências Sociais, Turismo e Geografia.
No movimento secundarista, é inevitável o destaque para a galerinha secunda de Ananindeua, em especial ao "Léo" (camarada Leonardo, de 15 anos) que dirige o Grêmio Estudantil Manoel Amaral (homenageando um historiador, líder socialista, falecido prematuramente em agosto de 2009)
É isso ae! O CONTRAPONTO, que já está na blogosfera com os estudantes de outros estados, agora está também com os estudantes do PARÁ!
Parabéns!
Ousar, Lutar!
Ousar, Vencer!
diretor do Centro Acadêmico de História - UFPA.
CONTRAPONTO - um convite à rebeldia!
Toda solidariedade ao Fabrício Gomes! Toda solidariedade aos lutadores do povo!
As universidades estão sem laboratórios e bibliotecas (muitas vezes, sem professores); as escolas públicas de ensino básico tornaram-se símbolo do abandono e da violência contra alunos e educadores; o Sistema Único de Saúde está cada vez mais dividido entre os 30 milhões que podem pagar planos de saúde e os 170 milhões de brasileiros (os mais mal alimentados e fragilizados pela pobreza) sem direito a adoecer, porque isso significará a dor da doença e a dor por ser tratado como espécie de gado nos abatedouros em que foram transformados nossas unidades de saúde e nossos hospitais.
Este é o Brasil em que índios, quilombolas, trabalhadores rurais perdem suas terras, são assassinados, enquanto vêem algumas de suas lideranças cooptadas em troca de comissionamentos ou verbas para projetos "culturais".
Este é o Brasil da propaganda, do "pensamento Único", da manipulação que faz com que o mesmo povo que aprova o governo já não consiga mais andar nas ruas sem medo do próprio pobre e da polícia; já não consiga pegar ônibus porque o trânsito é um transtorno devido aos muitos carros de luxo que abarrotam as garagens e as ruas das classes dominantes, além de que a tarifa é cara; e seja obrigado a enfrentar as infindáveis filas para tentar conseguir uma vaga na escola para nossas crianças, para uma simples consulta médica, para um trabalho temporário e precário.
Este é o Brasil que e começa a querer entender o porquê de haver tantos banqueiros, latifundiários agronegocistas, agiotas das bolsas de valores festejando, enquanto a prostituição infantil aumenta, como aumenta o número de crianças e jovens cooptados pelo narcotráfico - candidatos ao extermínio de classe e étnico.
Este é o Brasil em que o Fernando Henrique Cardoso que vendeu grande parte dos recursos nacionais continue a ganhar milhões como consultor e conferencista das corporações beneficiadas pela privataria.
Este é o Brasil em que o Lula aprofunda a privatização do território, do petróleo, da água, da previdência, das universidades, mas faz crer que está desenvolvendo o Brasil e talvez durma o sono dos injustos com as migalhas oferecidas aos explorados e humilhados do campo e da cidade.
Este é o Brasil da corrupção eleitoral, de um Supremo Tribunal Federal que serve para proteger o direito à propriedade dos muito ricos como Daniel Dantas enquanto nega o direito à propriedade de um teto para o trabalhador e sua família, o direito à propriedade da inalienável humanidade; que serve para inocentar e proteger os carrascos da ditadura, enquanto incrimina lideranças sem terra, indígenas que lutam pelo direito à dignidade em solo pátrio.
Este é o Brasil em que Antônio Carlos Magalhães morreu herói sendo bandido, em que o Jader torna-se imperador da comunicação na Amazônia como prêmio à montanha de denúncias e processos que responde na justiça; em que o Almir Gabriel é homem de bem mesmo tendo determinado o massacre de Eldorado dos Carajás; em que o Sarney e sua quadrilha comandam as áreas mais estratégicas da vida nacional; em que grileiros e devastadores criminosos da floresta ganham de presente títulos de propriedade das terras públicas; em que empreiteiros corruptos ganham leilões viciados para construírem grandes obras superfaturadas como a de Belo Monte.
Este é o Brasil que tenta criminalizar os movimentos sociais e o movimento estudantil, em particular, processando como se criminosos fossem suas lideranças, enquanto os oligarcas bandidos são aclamados como heróis da nação pela autoridade máxima da república (quase impossível escrever com “R”).
É contra esse Brasil dos poucos ricos e dos milhões de pobres vítimas da violência estrutural que estudantes conscientes têm lutado.
É por um Brasil para os brasileiros, um país de cidadãos com direito a todos os direitos, entre os quais o direito à universidade pública e gratuita para todos, que o Fabrício Gomes e dezenas de outros estudantes do DCE-UFPa lutam. Mesmo porque nenhum país será democrático, livre e soberano sem romper com a dependência científico-tecnológica.
Foi por um Brasil justo, democrático e feliz, um país socialista, que a Universidade Federal do Pará foi ocupada. As conquistas obtidas naquele ato de amor ao Brasil acumularam forças para a utopia de felicidade humana.
Portanto, que a justiça use o seu precioso tempo para dar celeridade aos muitos processos contra os bandidos da nação.
Toda solidariedade ao Fabrício Gomes! Toda solidariedade aos lutadores do povo!
Edmilson Brito Rodrigues
Perseguição Federal contra Movimento Estudantil!
DIRIGENTE ESTUDANTIL É CRIMINALIZADO POR DEFENDER INTERESSES DE ESTUDANTES
O ex-Coordenador Geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFPa., Fabrício Gomes, está sendo processado na Justiça Federal por crimes de resistência (art. 329), constrangimento ilegal (art. 146) e crime contra liberdade pessoal (art.329), em razão da ocupação da Reitoria da UFPa. em 2007, quando centenas de estudantes, por quase uma semana, ocuparam o referido prédio na luta por melhores condições de ensino. Como resultado direto desta luta a categoria conquistou, entre outras coisas, a construção de mais um Restaurante Universitário, uma das demandas mais importantes do movimento à época.
A educação superior em nosso país, a exemplo da educação básica (que conhecemos bem), vive um processo de sucateamento. Basta verificarmos que as vagas ofertadas nas Universidades Federais caíram de 30,2% em 2002 para apenas 25,1% em 2008. Enquanto isso a participação das Universidades Privadas, no mesmo período, aumentou de 69,8% para 74.9%. Na verdade estamos assistindo ao desmonte do ensino público em nosso país.
O processo contra Fabrício está correndo na Justiça (nº 5046-27.2009.4.01.3900- 3ª Vara Federal) e ele deve depor na Polícia Federal no dia 12 de maio (quarta-feira).
O SINTEPP repudia essa prática, comum hoje em dia, de criminalizar quem luta pelos interesses populares. Vemos isso na luta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na luta sindical, inclusive na nossa própria luta (muitos de nossos dirigentes respondem a processos semelhantes) e agora na luta estudantil.
Enquanto isso a impunidade campeia solta nos crimes de “colarinho branco”. O exemplo mais atual é do ex-governador do Distrito Federal José Arruda, pego, junto com sua quadrilha, na mais deslavada corrupção, mas que está em liberdade. E é claro não podemos esquecer o massacre de Eldorado dos Carajás, onde 19 trabalhadores foram executados e nenhum mandante ou assassino está preso, mesmo depois de 14 anos.
- Contra a criminalização dos Movimentos Sociais
- Todo apoio à luta dos trabalhadores e estudantes
O PCCR da Educação apenas divide a categoria
Recusado pelo Sintepp, este PCCR do governo, não tem o menor respeito pelos demais servidores da Educação, pois sequer menciona os auxiliares e assistentes administrativos e os servidores do apoio operacional das escolas, que chegam a somar um total aproximado de 14 mil funcionários. Servidores estes que exercem atividades específicas na área da Educação Pública, tais como o preparo da alimentação escolar, a limpeza e organização das salas de aula, a gestão escolar e outras.
O que este governo petista caolho ignora, é que professores e técnicos em Educação jamais exerceriam a contento as suas funções não fosse a retaguarda que lhes é dada pelos servidores das secretarias, ou as merendeiras, ou o pessoal da limpeza.
Apresentando um plano como esse, está claro que o governo visa apena dividir os servidores, para enfim enfraquecer a categoria. Mas, afinal, o que se poderia esperar de um governo que, em menos de três anos, já se tornou o pior de todos os que já passaram por aqui?
José Emilio Almeida
Servidor Público Estadual
CONVITE DE ANIVERSÁRIO...
domingo, 9 de maio de 2010
No Próximo ENEH - Encontro Nacional de estudantes de História!
Nosso próximo Eneh está com essa composição na sua programação cultural, podendo ser modificado.
Nós do Pará estamos disponíveis para o que pudermos ajudar!
Pedro Ivo Castro.
Diretor do CAHIS - UFPA.
XxX Eneh & Cultura!
Nesse ENEH, pretendemos contemplar essa tradição, mas também queremos transcendê-la, incrementando às apresentações musicais esquetes teatrais de cunho reflexivo e apresentações de dança e música da cultura popular cearense, bem como das manifestações artísticas e culturais deslocadas do grande eixo midiático.
E mais! Além dessas apresentações musicais diárias e temáticas, ampliaremos mais ainda as intervenções culturais no decorrer do evento, quais sejam: exposição sobre a história dos trinta anos de ENEH, mostras cinematográficas de curta e longa-metragem, feira de artesanato e oficinas de produção artística. A seguir, as ementas explicativas das intervenções culturais:
Os Estudantes de/na História (1980-2010) – exposição de cartazes, fotos e vídeos dos 30 Encontros Nacionais de Estudantes de História. Material coletado por meio de doações dos sujeitos que vivenciaram estes momentos. Acontecerá durante todos os dias do evento.
Oficinas - atividades que contarão com a presença de facilitadores, serão os espaços de produção artística dos participantes do encontro. Em número de cinco, quais sejam: stencil, fanzine, grafite, batuque e confecção de cartazes e faixas para o ato público.
Mostra de curtas – entre uma atividade e outra que ocorrerão no auditório central, diariamente serão exibidos filmes de curta-metragem cearenses e nacionais.
Cinema com Rapadura (Cineclube) – exibição de longa metragem seguida de momento de discussão com a presença de um facilitador que domine a temática do filme.
Feira de artesanato – exposição e venda de trabalhos de artesãos cearenses previamente cadastrados além de um espaço destinado ao escambo entre os participantes do evento.
Esquetes – terão a temática da atividade que lhe sucederá como norte, e serão quatro ao todo.
Literatura Itinerante – pelas cadeiras do auditório e salas de aula, pelos bancos do campus e do R.U. serão espalhados contos, crônicas e poesias de autores consagrados e desconhecidos do grande público.
Apresentações Artísticas – apresentações de dança e música da nossa cultura popular tradicional e periférica serão intercaladas às apresentações musicais, de acordo com a temática da noite.
Apresentações Musicais – realizadas todas as noites do encontro, serão sete no total e terão as seguintes temáticas:
- • 04/09, No Ceará é assim... – a cultura cearense é apresentada, privilegiando apresentações de dança e apresentações musicais de ritmos característicos de nosso estado.
- • 05/09, Trinta e poucos anos – apresentação de bandas que toquem músicas inerentes à década de 1980 e traje a rigor por parte dos encontristas.
- • 06/09, Noite das Rosas – após esquete que aborde questões inerentes a opressão sofrida pelas mulheres, haverá apresentação de bandas de composição feminina, de preferência no vocal.
- • 07/09, Brasil mostra tua cara! – temática a amadurecer.
- • 08/09, Noite das Etnias – as duas grandes etnias historicamente oprimidas que compõem o Brasil, negros e indígenas, serão o centro dessa festa. Haverá apresentações de dança e de bandas que tenham os ritmos e estéticas dessas etnias em suas manifestações artísticas.
- • 09/09, ENEH Trans: A Noite das Cores – noite dedicada ao respeito à diversidade sexual. Haverá uma peça teatral compacta na qual se exultarão reflexões sobre a diversidade sexual e a opressão que esta sofre. Após isso, decorrerá o concurso ENEH Trans, seguido de apresentação musical.
- • 10/09, Babilônia Woodstock – última noite de festa do encontro, terá diferencial de ser iniciada com uma intervenção de cunho teatral que incite reflexões sobre a criminalização das drogas e da pobreza, seguida de apresentações musicais.
No CAPE - UEPA (Centro Acadêmico de Pedagogia), estudantes derrotam a UJS de lavadaaaaaaa!!!!
NOVOS TEMPOS NO CAPE, RENOVAÇÃO E AUTONOMIA, É A PEDAGOGIA MOSTRANDO SUA
CARA!!!
ELEIÇÃO CONTOU COM 301 VOTOS (40%) DOS ALUNOS
MATRICULADOS, SENDO QUE A CHAPA 2 "RENOVAÇÃO E AUTONOMIA - PEDAGOGIA
MOSTRA TUA CARA!!" TEVE 254 VOTOS (84,40% DOS VOTOS) CONTRA APENAS 47
VOTOS (15,60% DO VOTOS).
É A VITÓRIA DE TODA A COMUNIDADE
ACADÊMICA, ACREDITANDO QUE PODEMOS TER UMA REPRESENTATIVIDADE ESTUDANTIL
VOLTADA PARA OS INTERESSES DOS ALUNOS E DO FORTALECIMENTO DO
CURSO!!!!!!!
AGORA É ARREGAÇAR AS MANGAS QUE TEMOS MUITO TRABALHO
PELA FRENTE!!!!!!!!
É PRECISO RENOVAR COM AUTONOMIA!!!!!!!!
PEDAGOGIA,
MOSTRA TUA CARA!!!!!
* Gabriel P. é um dos novos diretores do CAPE, esse texto me foi repassado na íntegra, apenas publico!
Blog Somos Todos Edmilson!
Não preciso dizer para os habitantes da capital paraense quem foi Edmilson Rodrigues, porque o povo responde o nome dele quando perguntamos quem foi o maior e melhor prefeito da capital nos últimos tempos. Na história dessa maravilhosa cidade, que me acolheu quando eu ainda era pequeno e onde vivenciei as transformações que ela sofreu com a gestão de Edmilson no "GOVERNO DO POVO" não há dúvidas, é EDMILSON quem faz falta.
Vale lembrar a luta de quem não se rendeu.
Ousou Lutar quando a regra era ceder, por isso OUSA Vencer!
Assim foi e continua sendo a vida desse homem, simples como todos, mas grande em seus sonhos e ousadia!
Em 2010 é EDMILSON neles!
Pedro Ivo Castro.
diretor do Centro Acadêmico de História - UFPA.
ARACELI, NOSSA VOZ!

É com enorme carinho que compartilho com vocês esse blog,
porque tenho muita admiração por Araceli Lemos e sua luta,
como mulher, mãe, historiadora, professora, socialista!
Uma mulher de luta!
Pedro Castro.

Este é um blog destinado a divulgar a luta de Araceli Lemos, excepcional militante da causa socialista no Pará; um espaço criado por admiradores e aberto a contribuições de todos os interessados em comentar sua trajetória em defesa de um projeto alternativo para o Brasil e o Pará. É feito para os que se encantam com o seu carisma, e o brilhantismo e firmeza com que defende suas idéias; aos que reconhecem nela a encarnação de seus anseios e, por isso, pleiteiam seu retorno à vida pública, a uma posição que lhe possibilite ampliar muitas vezes sua presença na luta de nosso povo.
Fidelidade aos interesses populares!
Araceli continua a mesma mulher e militante exemplar, como presidenta estadual do PSOL, assessora do mandato do Senador José Nery, membro da Comissão de Justiça e Paz (CJP)/ CNBB, apresentadora de programa de rádio e membro da Academia Castanhalense de Letras. Enfim, Araceli é a voz de muitos; é a nossa voz.
Araceli é a voz de nosso povo, em busca (e na construção) de um estado mais humano, que respeite os direitos humanos, direitos que Araceli defendeu durante seus mandatos, presidindo a comissão de direitos humanos da assembléia legislativa, um esado em que seus habitantes tenham direito a ter direitos, com justiça social. É para nós, da UFPA e da História um orgulho ter Araceli Lemos na vida política.
O nordeste do Pará ganha e o Pará todo ganhará mais uma deputada de luta e ousadia para defender os nossos interesses. Vamos juntos, defender um Pará Melhor!
diretor do centro acadêmico de História - UFPA.
sábado, 8 de maio de 2010

Em uma postagem anterior feita no dia 28 de março deste ano, recebia com parabenizações o ex prefeito da capital do Pará, Edmilson Rodrigues, na blogosfera.
Hoje tenho um enorme prazer de anunciar à vocês que FERNANDO CARNEIRO também se integra a esse universo e já está na rede o Blog "Desafios do Pará" de Fernando.
Fernando é Historiador, formado pela USP, foi presidente da CTBEL na gestão de Edmilson Rodrigues no comando do Governo do Povo. Fernando é um dos mais coerentes militantes de esquerda que eu tive a honra de conhecer. Sua vida de luta e de dedicação ao povo lhe garante autonomia para escrever sobre nosso estado, a história de nosso povo e as demandas do estado rico de um povo pobre.
Seja bem vindo, companheiro!
Para ver o Blog "Desafios do Pará", basta clicar na foto acima!
diretor do Centro Acadêmico de História - UFPA.
BELO MONTE: O LEILÃO DA VIDA E DA FLORESTA
Leia o Desafios do Pará

É verdade que a opção preferencial adotada pelo governo brasileiro de energia gerada por hidrelétricas e termelétricas - em detrimento da busca pela eficiência energética e adoção de matrizes energéticas renováveis, revela um modelo anacrônico e ultrapassado que está na contramão das alternativas energéticas pensadas atualmente. Em verdade o projeto todo prevê a instalação de 40 hidrelétricas, só na Amazônia.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Fernando Carneiro é o pré-candidato do PSOL ao GOVERNO do PARÁ.

Em 1983, ainda sob a ditadura militar, foi, ao lado de outras lideranças estudantis, enquadrado na famigerada Lei de Segurança Nacional (LSN), por participar da luta contra a ditadura e por integrar o movimento “Diretas Já”. Julgado por um Tribunal Militar foi absolvido.
Em 2005, depois da falência do PT, filia-se ao PSOL onde, desde o primeiro momento, integra a direção estadual do Partido. Atualmente ocupa o cargo de Secretário de Movimentos Sociais na Executiva Estadual do PSOL.
sábado, 24 de abril de 2010
Se alguém um dia disse que seria tranquilo e fácil...ERROU!
Vamos que vamos, que a nossa história apenas começou!
Agora deixa eu ir estudar e fazer um trabalho!
Abraços!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Entrevista de Edmilson Rodrigues.
Entrevista de Edmilson Rodrigues.

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E ae galera, beleza?
A entrevista nem é tão nova, mas tá valendo pelas informações e pela contribuição de nosso ex-prefeito, Edmilson Rodrigues!
O mais interessante é ver a reação que o Sr. PUTY teve. Respondeu com tanta agressividade a essa entrevista no seu blog, que só me dá uma possível conlcusão: Não se chuta cachorro morto, ne PUTY?
Bem, no mais o que importa é o povo, vejam no site do diário os comentários do povo de nosso estado sobre EDMILSON, pelo que dizem, "tá valendo mesmo!"
Pedro Ivo Castro.
Gripe suína: o surto e a negligência.
No ano passado a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou os governos de países do Hemisfério Sul para que monitorassem de perto novos surtos de gripe suína. Mesmo consciente da gravidade do problema, o governo brasileiro lavou as mãos e optou por retardar as ações preventivas que ajudassem a conter um novo surto no Brasil. Negligenciou. Com a chegada do inverno e a potencial propagação da gripe que continua assustando e matando pessoas no mundo, resolve anunciar, somente agora, uma campanha nacional de vacinação.
Em dois meses, 70 milhões de brasileiros serão vacinados, é o que pretende o governo. Gestantes, crianças, adultos entre 20 e 39 anos e doentes crônicos serão os alvos. Mas ao que parece, esta será uma obra pela metade, o próprio Ministério da Saúde admite que o objetivo da campanha não é conter o vírus, e sim vacinar as pessoas “mais vulneráveis”, priorizando os chamados “grupos de risco”. Estão excluídos da campanha bebês de até seis meses de idade, jovens de 2 a 20 anos e adultos de 40 a 59 anos. Em outras palavras, significa dizer que, a vacina não chegará para todos os brasileiros.
No Pará, o governo admitiu o novo surto da doença, escalando assim o seu departamento de vigilância à saúde, para declarações surpreendentes a respeito da gripe. Admitiu estarmos vivendo uma segunda onda da doença, e que este é o vírus de maior circulação entre as pessoas. Admitiu que os casos confirmados haviam quadruplicados nas semanas que antecederam a campanha de vacinação e que não haveria vacinas para todos. E quanto aos mortais, sem direitos à vacina que tomassem os cuidados necessários para evitar o contágio. Chega a ser uma chacota com o povo paraense, que sequer conta com a rede de saúde pública para os casos mais comuns. Este é um retrato da destruição da saúde no Brasil e no Pará.
E por quê esta campanha não se estende a toda população? Seriam medidas de economia? Em que bases científicas foram tomadas essa decisão? Na verdade, os governos subestimam a inteligência da população e operam na certeza da impunidade. A exclusão é um absurdo, uma violação de direitos, pois todas as pessoas correm risco sim, seja no transporte, nas escolas, nas creches, nas fábricas e ambientes fechados, seja pela falta de saneamento básico ou mesmo pela falta de informações através de campanhas adequadas e eficazes. Esta decisão não se justifica em hipótese nenhuma. Não admitem a sua própria incompetência e a irresponsabilidade com que tratam a saúde pública.
Lamentável, o governos federal, os governos estaduais e municipais, alinhados com esta política, procuram economizar na saúde da população. A questão é política: falta de prioridade com a saúde da população deste país. Fico furiosa quando penso no quanto pagamos de impostos para sermos tratados com tanto descaso.
Marinor Brito
É Ex-Vereadora de Belém,
Presidente Municipal do PSOL - Belém/Pa,
E é da equipe editorial do Ponto de Pauta.
POR UM SISTEMA PÚBLICO DE ENSINO DE QUALIDADE SOCIAL COM VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL

Palestra proferida no XIX Congresso Estadual do SINTEPP – Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará, realizado em outubro de 2009.
Se colocamos em questão o sistema público de ensino, então é procedente que comecemos por uma reflexão sobre o significado de sistema. É possível, sintetizá-lo como sendo um conjunto de elementos dinâmicamente interconectados, de modo a formar um todo organizado e portador de um objetivo geral a ser atingido, o que pressupõe projeto, logo, uma práxis. Nessa perspectiva, o objetivo de um sistema público de ensino de qualidade social com valorização profissional está plenamente justificado do ponto de vista conceitual. Contudo, somente a integração dos elementos que compõem um sistema pode garantir o que podemos definir como sinergia, ou seja, um processo que permite demonstrar o modo de interrelação e integração entre as diversas partes, elementos, aspectos ou dimensões do todo. A análise da sinergia de um determinado sistema permite perceber que as transformações ocorridas em uma das partes influenciará todas as outras, o que é essencial para a consecussão do objetivo projetado. O problema está no fato de o pensamento conservador – que na globalização atual ficou conhecido como “pensamento único” - tender sempre a achar que as partes por si só constituem sistemas capazes de explicar o todo e que as mudanças parciais são suficientes para a melhoria do conjunto das partes. Com isso, inviabiliza a apreensão das determinações que a sociedade – o modo de produção capitalista – exerce sobre todos os territórios, todos os lugares e todas as dimensões da vida; processo que, longe de homogeneizar o mundo o tem tornado mais fragmentado, porque é diferenciado em cada lugar e pelo lugar.
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Ouça novo "hino" de Brasília feito pelo rapper GOG
Não posso fazer melhor homenagem e despertar melhor crítica à Brasília!
Por uma nova Brasilia, outros "50" em 2010!
Pedro Castro -
diretor de ensino, pesquisa e extensão do CAHIS - UFPA.
"Outros 50!"
Refrão
Brasília outros 50, Brasília outros 50!
O que isso realmente representa?
De olho no presente, super concentrado
Por um futuro bem melhor que o passado
Romper é dar basta ao que nos acorrenta
Educação a principal ferramenta
Liberta, refrigera, acelera a missão
Outro Plano bem bolado vem de 'Fora do Avião'
1
Da esquadra de Cabral ao sonho de Dom Bosco
Muito suor escorreu do nosso rosto
Poucas alegrias, muitas decepções
O conceito de Nação desconhecia corações
2
Sempre aguerridos, empurrados das encostas
Perseguidos, agredidos,
chibatadas nas costas
Bravos Brasileiros, errantes Bandeirantes
Essa versão da história nunca foi cantada antes
3
Na corrida pelo ouro estupros e mutilações
Os heróis tão exaltados, descobri, são os vilões
Vamos, sejamos francos!
A saga de Brasília até aqui difere quanto?
4
No Planalto Central vive-se uma epopeia
Na Cidade Livre escreve-se a odisseia
História sem a garantia de final feliz
A Capital da Esperança principal atriz
Refrão
Brasília outros 50, Brasília outros 50!
O que isso realmente representa?
De olho no presente, super concentrado
Por um futuro bem melhor que o passado
Romper é dar basta ao que nos acorrenta
Educação a principal ferramenta
Liberta, refrigera, acelera a missão
Outro Plano bem bolado vem de 'Fora do Avião'
Brasília, Outros 50! - 2ª Parte
60.000 mil Guerreiros trabalhando febrilmente
Sob olhar de Arquitetos e do próprio Presidente
O Novo Eldorado dia a dia sendo erguido
Calendário rigoroso deveria ser cumprido
2
Eram anos 60, Che líder Cubano
Pensamento que assustava o Bloco Americano
A consequência veio bem cruel, devastadora
Canhões nas ruas, linha dura, força repressora
3
A Capital calada, a arte, o livro, a imprensa, a fala
Xambioá refúgio da Guerrilha do Araguaia
O Brasil resiste não se curva à mordaça
Na UnB a 'Veraneio Vascaína' caça
4
Música, amor e raça, abaixo a repressão
Canção, politizado refrão, rebelião
Durou 21 anos, resistência e vitória
Brasília foi cenário, mesmo nova tem história
Refrão
Brasília outros 50, Brasília outros 50!
O que isso realmente representa?
De olho no presente, super concentrado
Por um futuro bem melhor que o passado
Romper é dar basta ao que nos acorrenta
Educação a principal ferramenta
Liberta, refrigera, acelera a missão
Outro Plano bem bolado vem de 'Fora do Avião'
Brasília, outros 50! - 3ª Parte
O rock, o hip hop inovam os traços da cidade
Uma legião urbana se identifica, multiplica, aplaude
Em 90 tem estreia: eleições diretas
Satélites brotam gigantescas, incompletas
2
A GEB na Pacheco, PM na Novacap
Chegaram atirando os autores dos massacres
Ponte JK, Metrô, faturas nas alturas
O acabamento consumiu bem mais que as estruturas
3
O Santuário dos Pajés, a plantação silvestre
A especulação derruba pra erguer o Noroeste
A cor da pele é o tema, na audiência a cena
O senador falou que a mãe do negro é que é o problema
4
Quase três milhões pelo DF e Entorno
Gente resistente a propina e suborno
Levantamos paredes, sofremos nos canteiros
Candangos construíram o lar dos Pioneiros
5
Brasília obra épica, Portinari retratou nos quadros
Retirantes deram vida ao infinito descampado
Esforço supremo, sufoco, pouco recompensados
Cômodos alugados, locais afastados
6
Distantes do Lago, da Catedral, Eixo Monumental
Sem Cinema, Teatro, Recesso, Apoio cultural
Sim, o passe ivre é direito fundamental
O país que agita na bandeira ordem e progresso
Grita: Um basta às regalias do Congresso
Refrão
Brasília outros 50, Brasília outros 50!
O que isso realmente representa?
De olho no presente, super concentrado
Por um futuro bem melhor que o passado
Romper é dar basta ao que nos acorrenta
Educação a principal ferramenta
Liberta, refrigera, acelera a missão
Outro Plano bem bolado vem de 'Fora do Avião'
Ficha Técnica
Letra: GOG
Produzido por: Samuel Mota e Leozitobeats
Arranjos: Samuel Mota
Baixo: Rafael Cruz (Tico)
Scratches: DJ A
Participação Especial: Ellen Oléria
Coral: Igor Cabral, Marcos Pagani e Felipe Grillo
Técnico de Gravação: Felipe Grillo
Técnico de Mixagem: Samuel Mota
Técnico de Masterização: Marcos Pagani
Direção Artística: GOG e Richelmy Oliveira
Direção Geral: GOG
Organização de Projetos: Eduardo Bustamante(PESO)
Contato: www.gograpnacional.com.br
O rapper GOG (iniciais de Genival Oliveira Gonçalves), 45, nasceu em Brasília e tem 10 discos gravados
domingo, 18 de abril de 2010
Morrer é apenas não ser visto

Mas mortos de verdade estão os 512 mil brasileiros assassinados no período de 1997 a 2007. Isso mesmo, mais de meio milhão de pessoas assassinadas em 10 anos. A maioria jovens meninos entre 15 a 24 anos. Boa parte negros, pois em 2002 morriam, vítimas de homicídio, 46% mais negros do que brancos. Já em 2007, apenas cinco anos depois, essa proporção se elevou para 108%.
No Pará, no mesmo período de 1997 a 2007, a taxa de homicídios aumentou 195%, o que fez com que pulássemos da 20ª para a 7ª colocação entre o ranking dos estados mais violentos. Entre as 15 cidades mais violentas temos duas: Marabá e Tailândia, sendo que esta ocupa o nada desejado posto de 3ª cidade mais violenta do país.
Miséria e violência andam juntas. Não precisa ser um cientista político ou sociólogo pra saber disso, mas estes números além de serem menosprezados ou escondidos pela propaganda oficial são ofuscados, entre outras coisas, pelo gasto de dinheiro público para fazer propaganda de uma empreitada privada: a construção de uma siderúrgica em Marabá pela Vale. Uma empresa que em muitos aspectos se configura como um estado dentro do estado.
Ao governo estadual, a quem cabe a obrigação de ver toda a população, os mortos e miseráveis são invisíveis. Neste caso, contrariando Saint Exupéry em seu antológico “O pequeno príncipe”, o essencial não é invisível aos olhos. E só vê bem com o coração, quem ainda se indigna diante de tanta iniqüidade.
Mudar esse mundo é preciso. Não dá mais para conviver com hipocrisias e mentiras oficiais, não dá mais para ouvir autoridades afirmarem que a culpa das mortes no desabamento do “morro do bumba”, em Niterói, é da população pobre que “resolveu morar” lá, como se tivessem opção de morar numa suíte na Viera Souto. Por isso revoltar-se é inadiável. Precisamos ver, precisamos não morrer, precisamos da luta.
Abril 2010
Fernando Carneiro é Historiador, membro da equipe editorial do Ponto de Pauta e pré candidato do PSOL ao Governo do Pará.
UM DIA PARA JAMAIS ESQUECER!

por Aldenor Jr
O sol sobre as cercas e o cerco já estava decidido.
17 de abril de 1996. As tenazes se fechando enquanto bandeiras desfraldadas ondulavam, inocentes de que em poucas horas seriam farrapos em meio à carnificina.
A voz majestática ainda ressoa: "Desocupem. De qualquer maneira. Isto é uma ordem".
De qualquer maneira, a qualquer preço, custe o que custar.
E custou. Custou 19 vidas e sangue, muito sangue a empapar aquele trecho perdido da PA-150.
Quando a tarde estava para cair, 17 horas, e o lusco-fusco já se insinuava, ouviram-se os primeiros tiros de fuzil. Bombas. Fumaça. Terçados, foices, paus e pedras. É a guerra? Não, está mais para um abatedouro de seres humanos, dessangrados ali mesmo, com os golpes e tiros de misericórdia sendo desferidos em meio à algaravia de impropérios e insultos que os fardados despejavam sobre os camponeses já rendidos.
Muitos foram executados a sangue frio,sem piedade. À bala ou à faca, o serviço deveria ser feito. Custe o que custar. De qualquer maneira. Essa era a ordem.
Eldorado, Eldorado, teus gritos de pavor são trazidos pelo vento da memória.
O cheiro de morte ainda pode ser sentido. Está lá, entre as 19 castanheiras fincadas em lembrança dos caídos. Mas está aqui, em qualquer lugar, nesse imenso território onde a injustiça e a impunidade são o pão nosso de cada dia.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
IFCH - UFPA em véspera de eleição e ESTUDANTES PEDEM SOCORRO!

Os estudantes estão há muito tempo esperando o mínimo, fazer parte de uma universidade que os respeite. Começando pelas práticas políticas dos mesmos gestores. Até para realização de encontros acadêmicos, que os próprios estudantes têm que organizar, porque não há a iniciativa de nossos ilustres gestores, que alegam (sempre) a falta de recursos, não contamos com a aprovação dos mesmos que sempre acreditam que "estudante so serve para dar prejuízo ao patrimônio público". Uma vergonha!
Outra questão que só não tira o sono dos veteranos e professores, porque já estamos, absurdamente, acostumados com o descaso do poder público para com a comunidade acadêmia, mas que ainda assusta calour@s diariamente é a (falta de) infra-estrutura, que simplesmente inexiste. Segundo o Prof. Dr Mauro Coelho, atual diretor da Faculdade de História, nossos pavilhões de sala de aula foram construídos "provisóriamente" na década de 70, do século passado. A veracidade dessa informação eu não tenho como saber, mas temos, todos nós que passamos por aqueles corredores diariamente, a certeza de que não há nada de novo alí.
Bebedouros enferrujados e sem funcionamento; lampadas queimadas; falta de carteiras para os estudantes; falta de salas de aula, que estão com divisórias de PVC o que faz com que todas as turmas oçam o que as outras estão fazendo; falta de recursos de mídia como projetores, computadores, televisores e aparelhos de DVD, tudo falta! Mas as promessas de que na próxima gestão os estudantes serão contemplados sempre existe! Soube ainda que, com a possível reforma do laboratório de história na UFPA, a graduação terá ainda menos espaço para utilização do mesmo. E faltam professores, e falta material e falta tudo!
Tá na hora de dar um basta nesse descaso!
Se não pelo todo, ao menos pelo imprescindível para a normalidade dos trabalhos diários da academia.
Queremos sala de aula!
Queremos professores!
Queremos recursos didáticos!
Queremos ter direito a ter direito na UFPA!
Centro Acadêmico de História.